Americanos alertam para possível ataque no Quénia
A Embaixada dos Estados Unidos no Quénia alertou, quinta-feira, que grupos terroristas podem estar a planear um ataque contra “um grande hotel em Nairobi” e aconselhou os seus cidadãos a reforçarem a vigilância na capital queniana.
“Grupos terroristas podem estar a planear um ataque contra um grande hotel, em Nairobi”, indicou a missão diplomática em comunicado citado pela Reuters. “O hotel não foi identificado, mas acredita-se que é muito popular entre turistas e viajantes de negócios”, acrescentou a Embaixada norte-americana, sem adiantar mais detalhes. Os Estados Unidos recomendaram aos seus cidadãos que “exerçam uma maior vigilância ao visitar ou ao permanecer em hotéis na zona de Nairobi”.
“Se estiver hospedado num hotel, tenha em consideração o plano de evacuação”, refere a nota oficial. A advertência da missão norte-americana coincidiu com a publicação de um comunicado da Polícia do Quénia que insta os cidadãos a permanecerem “extra vigilantes” e a informarem as forças de segurança de “qualquer actividade suspeita”.
O aviso da Polícia não faz referência em nenhum momento a uma ameaça terrorista e limita-se a enfatizar que no país “ainda existem alguns elementos criminosos que podem causar danos ao público”.
No passado, hotéis de Nairobi foram alvo de ataques terroristas, como o perpetrado pelo grupo jihadista somali al-Shabaab contra o hotel Dusit D2, a 15 de Janeiro de 2019.
O ataque foi cometido por um bombista suicida e quatro homens armados que abriram fogo e mataram 21 pessoas.
Ainda na quinta-feira, três pessoas foram mortas no Quénia, depois de terem sido retiradas de um autocarro por alegados extremistas da Somália, informou o proprietário da empresa de transportes colectivos.
De acordo com Haji Abass, citado pela agência Associated Press, o autocarro da companhia Moyale Raha fazia o trajecto entre Moyale, cidade comercial próxima da fronteira com a Etiópia, e Nairobi, capital do Quénia, quando foi atacado.
Abass explicou que os atacantes eram elementos do grupo extremista al-Shabab vestidos com uniformes de Polícia que tentaram fazer parar o autocarro, tendo o condutor desobedecido e continuado o percurso.