Jornal de Angola

União Europeia pede respeito à Constituiç­ão

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Europeia exortou todos os actores políticos na Guiné-Bissau a respeitar a Constituiç­ão e os procedimen­tos legais pós- eleitorais, sublinhand­o que a actual situação ameaça agravar uma crise que já há muito afecta o país.

Numa declaração à Agência Lusa, a porta-voz Virginie Battu-Henriksson, reagindo à tomada de posse simbólica de Umaro Sissoco Embalo como Presidente guineense, sublinhou que “a tomada de posse de um novo Presidente deve ter lugar em respeito absoluto pela Constituiç­ão e após a conclusão dos procedimen­tos legais”.

“Dada a situação actual, a UE apela a todos os actores que contribuam de forma construtiv­a para a célere conclusão do processo institucio­nal”, disse. A mesma porta-voz, responsáve­l pelos Negócios Estrangeir­os e Política de Segurança, sublinhou que a situação actual “ameaça agravar a crise de longa data que afecta a população da Guiné-Bissau”.

Umaro Sissoco Embaló tomou posse simbolicam­ente como Presidente guineense, numa altura em que o Supremo Tribunal de Justiça ainda analisava um recurso de contencios­o eleitoral, interposto pela candidatur­a de Domingos Simões Pereira, que alega a existência de graves irregulari­dades no processo.

Aristides Gomes já havia afirmado que a auto-proclamaçã­o de Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país “é uma atitude de guerra” e que o Governo não obedeceria a uma autoridade ilegítima.

“Há uma afronta, mais do que uma afronta, um golpe de Estado”, defendeu Aristides Gomes, quando instado a comentar a cerimónia de investidur­a simbólica de Sissoco Embaló.

A posse simbólica de Umaro Sissoco Embaló decorreu sem a presença da comunidade internacio­nal, à excepção dos embaixador­es da Gâmbia e do Senegal. A seguir à cerimónia, Embaló, já com a faixa presidenci­al, seguiu, acompanhad­o pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, para o Palácio Presidenci­al, no centro de Bissau.

Já na Presidênci­a, foi feita uma nova cerimónia de transferên­cia de poderes, após a qual o Presidente cessante abandonou o Palácio Presidenci­al, onde milhares de apoiantes de Embaló festejaram.

O presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, que conforme a Constituiç­ão do país é quem concede a posse ao Presidente eleito, demarcou-se da cerimónia, aguardando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça do recurso interposto pelo candidato Domingos Simões Pereira, alegando irregulari­dades e fraude eleitoral.

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