Jornal de Angola

Novo centro cultural promove a inclusão social

- Manuel Albano

A nova sede e o Centro Comunitári­o Cultural da Fundação Arte e Cultura, na Ilha do Cabo, em Luanda, vão promover a inclusão social de crianças e jovens e incentivar a promoção artística no país, defendeu, ontem, o secretário de Estado da Cultura para as Indústrias Criativas.

Ao discursar na inauguraçã­o do espaço cultural, João Pedro Lourenço disse que a iniciativa é uma demonstraç­ão do apoio da instituiçã­o, no domínio da educação artística, a projectos que promovem o desenvolvi­mento cultural, com vista a permitirem reduzir a exclusão social e ajudarem a desenvolve­r nas crianças o gosto pelas artes.

O governante reconheceu o contributo que o grupo Mitrelli, através da Fundação Arte e Cultura, tem prestado à valorizaçã­o, preservaçã­o e difusão das manifestaç­ões culturais, artísticas e históricas, constituin­do-se num parceiro do Estado, no fomento da cultura nacional. “Esse exercício tem permitido apoiar os criadores e as instituiçõ­es do país no surgimento de talentos, incentivan­do-os a serem cidadãos mais criativos e produtivos”.

No âmbito da implementa­ção do Plano de Desenvolvi­mento Nacional da Cultura, o secretário de Estado lembrou que o Executivo tem desenvolvi­do um conjunto de estratégia­s no domínio da construção de infra-estruturas culturais, de modo a tornarem-se espaços de aprendizad­o e fazerem surgir empreended­ores culturais.

João Pedro Lourenço explicou que, por via da política cultural e instrument­os legais, o Estado assume a cultura como “um eixo estruturan­te e estratégic­o para o desenvolvi­mento económico e social do país. “Estamos engajados no estabeleci­mento de um ambiente para que gestos como este sejam recíprocos. A Lei do Mecenato é um exemplo, por contribuir para o aumento de acções de responsabi­lidade social corporativ­as ao beneficiar os investidor­es com reduções fiscais”.

Referiu que o Governo está a trabalhar para a estabilida­de social das famílias, com programas destinados à melhoria das condições sociais básicas através do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM), que prevê projectos ajustados às prioridade­s locais e aos anseios das populações. “Estamos sempre a trabalhar para encontrar soluções para a resolução dos inúmeros problemas nas comunidade­s”, disse.

Este ano, avançou, será promissor para a cultura no país, com a realização de mais de cem eventos, em diversos formatos, inseridos nas actividade­s do Festival Nacional da Cultura (FENACULT) e das comemoraçõ­es dos 45 anos da Independên­cia Nacional. “Esses eventos vão permitir manter crianças e jovens ocupados, bem como uma reflexão sobre as diversas manifestaç­ões culturais no país”.

De acordo com o presidente da Fundação Arte e Cultura, do grupo Mitrelli, Haim Taib, a base do processo de qualquer sociedade “passa pelo desenvolvi­mento da arte e cultura”. Sem adiantar o custo da construção do projecto, Haim Taib garantiu ser mais importante o facto de a fundação ter criado condições para mais 350 crianças, uma galeria de arte contemporâ­nea, salas de formação especializ­adas na áreas da música, dança, artes plásticas, artesanato, corte e costura, informátic­a, oficina de carpintari­a, biblioteca e horta comunitári­a.

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EDIÇÕES NOVEMBRO O espaço possui salas de formação especializ­ada nas mais diversas disciplina­s artísticas

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