Novo centro cultural promove a inclusão social
A nova sede e o Centro Comunitário Cultural da Fundação Arte e Cultura, na Ilha do Cabo, em Luanda, vão promover a inclusão social de crianças e jovens e incentivar a promoção artística no país, defendeu, ontem, o secretário de Estado da Cultura para as Indústrias Criativas.
Ao discursar na inauguração do espaço cultural, João Pedro Lourenço disse que a iniciativa é uma demonstração do apoio da instituição, no domínio da educação artística, a projectos que promovem o desenvolvimento cultural, com vista a permitirem reduzir a exclusão social e ajudarem a desenvolver nas crianças o gosto pelas artes.
O governante reconheceu o contributo que o grupo Mitrelli, através da Fundação Arte e Cultura, tem prestado à valorização, preservação e difusão das manifestações culturais, artísticas e históricas, constituindo-se num parceiro do Estado, no fomento da cultura nacional. “Esse exercício tem permitido apoiar os criadores e as instituições do país no surgimento de talentos, incentivando-os a serem cidadãos mais criativos e produtivos”.
No âmbito da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional da Cultura, o secretário de Estado lembrou que o Executivo tem desenvolvido um conjunto de estratégias no domínio da construção de infra-estruturas culturais, de modo a tornarem-se espaços de aprendizado e fazerem surgir empreendedores culturais.
João Pedro Lourenço explicou que, por via da política cultural e instrumentos legais, o Estado assume a cultura como “um eixo estruturante e estratégico para o desenvolvimento económico e social do país. “Estamos engajados no estabelecimento de um ambiente para que gestos como este sejam recíprocos. A Lei do Mecenato é um exemplo, por contribuir para o aumento de acções de responsabilidade social corporativas ao beneficiar os investidores com reduções fiscais”.
Referiu que o Governo está a trabalhar para a estabilidade social das famílias, com programas destinados à melhoria das condições sociais básicas através do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que prevê projectos ajustados às prioridades locais e aos anseios das populações. “Estamos sempre a trabalhar para encontrar soluções para a resolução dos inúmeros problemas nas comunidades”, disse.
Este ano, avançou, será promissor para a cultura no país, com a realização de mais de cem eventos, em diversos formatos, inseridos nas actividades do Festival Nacional da Cultura (FENACULT) e das comemorações dos 45 anos da Independência Nacional. “Esses eventos vão permitir manter crianças e jovens ocupados, bem como uma reflexão sobre as diversas manifestações culturais no país”.
De acordo com o presidente da Fundação Arte e Cultura, do grupo Mitrelli, Haim Taib, a base do processo de qualquer sociedade “passa pelo desenvolvimento da arte e cultura”. Sem adiantar o custo da construção do projecto, Haim Taib garantiu ser mais importante o facto de a fundação ter criado condições para mais 350 crianças, uma galeria de arte contemporânea, salas de formação especializadas na áreas da música, dança, artes plásticas, artesanato, corte e costura, informática, oficina de carpintaria, biblioteca e horta comunitária.