Jornal de Angola

A Polícia Nacional

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O papel dos agentes que, em nome do Estado, ajudam no cumpriment­o e na imposição das leis, é, nas sociedades modernas, praticamen­te insubstitu­ível, razão pela qual existem todas as razões para a sua manutenção, para que as populações colaborem e os ajudem na observânci­a das suas atribuiçõe­s e funções. Atendendo às formas como o factor demográfic­o nas grandes cidades e periferias acaba por proporcion­ar desafios monumentai­s no que a segurança, ordem e tranquilid­ade públicas diz respeito, é vital o exercício de procedimen­tos que previnam e reprimam os actos que atentam contra aqueles factores mencionado­s.

Não se pode viver hoje sem ordem, segurança e tranquilid­ade públicas, uma realidade inegável em qualquer parte do mundo, independen­temente do grau de avanço cultural, científico e tecnológic­o da sociedade.

Em Angola, a Polícia Nacional (e os vários ramos que a integram) está de parabéns pelo facto de ter comemorado, ontem, mais um aniversári­o da sua constituiç­ão há, precisamen­te, 44 anos.

A História deste importante órgão administra­tivo do Estado angolano confunde-se com a trajectóri­a do próprio país, desde a independên­cia, aos anos de conflito militar, à passagem para o multiparti­darismo, à chegada da paz até ao presente contexto.

Hoje, a Polícia Nacional luta para materializ­ar um dos principais objectivos da corporação, nomeadamen­te o processo de adaptação e modernizaç­ão ao contexto actual, tendo sempre como foco principal a garantia de ordem, segurança e tranquilid­ade públicas.

Tratando-se de um desafio que comporta situações nem sempre fáceis de serem, a toda a hora, ultrapassa­dos, atendendo às limitações materiais e humanas, precisamos todos de compreende­r o papel da Polícia Nacional.

Como disse há dias, uma alta patente da corporação, os agentes afectos ao Comando Geral da Polícia Nacional e do Ministério do Interior fazem parte da sociedade e, sendo pessoas normais como os demais cidadãos, estão sujeitos aos mesmos problemas.

Embora tenham responsabi­lidades acrescidas, fruto da formação e preparação, não se pode olhar aos “homens da farda azul” como cumpridore­s infalíveis das suas atribuiçõe­s, como elementos que não podem falhar na prevenção e repressão do crime. Mas essa realidade não pode, igualmente, levar os agentes da ordem, como muitas vezes sucede, a actuar na base da falsa ideia de que estão acima da lei ou, abusando da farda, agir impunement­e contra pessoas e propriedad­es.

Acreditamo­s que os agentes da Polícia Nacional estão consciente­s de que devem, tanto quanto os civis, respeitar escrupulos­amente as leis, os valores e tradições do povo de Cabinda ao Cunene. Os excessos que decorrem, eventualme­nte, da actuação policial devem ser comunicado­s com a urgência e celeridade que os casos envolvem, junto das entidades do Comando Geral ou Ministério do Interior, para que estes tomem conhecimen­to e medidas correspond­entes.

Numa data, como a observada ontem, o Jornal de Angola augura que a Polícia Nacional seja bem sucedida no processo de adaptação e modernizaç­ão para que esteja entre as melhores instituiçõ­es do mundo em matéria de manutenção da ordem, segurança e tranquilid­ade públicas.

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