Empresários solidários com parceiros chineses
Empresários angolanos manifestaram ontem, em Luanda, apreço aos parceiros chineses que não regressaram ao país depois do surto do Covid-19, em Janeiro, com receio de cumprir com os procedimentos exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com os quais são submetidos a uma quarentena de 14 dias , à chegada.
Em declarações à imprensa, durante um encontro realizado na Embaixada da China, o presidente da Câmara de Comércio Angola-China anunciou que muitos investidores chineses manifestam dúvidas em regressar para continuidade dos negócios com parceiros angolanos.
Manuel Calado explicou que muitos recebiam informações falsas sobre a quarentena estabelecida pelo Governo angolano, pelo que, alguns, apesar da intenção de regressar, não queriam passar pela quarentena.
Segundo o responsável, o temor dos investidores chineses criou grandes embaraços nos negócios desenvolvidos entre as parcerias angolanas e chinesas. “Muitos deles, estando em Angola, estavam a cumprir as orientações do Governo chinês, que passa pelo cumprimento da quarentena em casa, daí que muitos não compareciam aos seus compromissos com os sócios”.
Segundo dados publicados ontem pelas Alfândegas chinesas, as trocas comerciais entre Luanda e Pequim atingiram o valor de 25,4 mil milhões de dólares em 2019, com remessas angolanas de 23 mil milhões de dólares, menos 8,67 por cento que em 2018, e aquisições de 2,06 mil milhões de dólares, menos 7,95 por cento.