Município tem menos casos de violência
Pelo menos 225 casos de violência doméstica foram registados, durante o ano passado, pela Direcção Municipal da Acção Social Família e Igualdade do Género de Cacuaco, o que representa uma diminuição de 87 casos, em relação a 2018, disse esta semana, ao Jornal de Angola, a directora daquela instituição, Isabel Vesse Vesse. Ela afirmou que a diminuição de casos tem a ver com um árduo trabalho que está a ser desenvolvido pela instituição, que se traduz na realização de palestras e campanhas de sensibilização junto dos mercados e escolas, onde são abordados temas relacionados com a fuga à paternidade, resgate dos valores morais e cívicos e ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas.“No ano passado recebemos 225 casos, dos quais 212 casais foram reconciliados, ao passo que 13 casos não foram resolvidos, pelo facto dos envolvidos não terem comparecido às audiências marcadas”, disse. Abandono dos lares, desalojamento, fuga à paternidade, incumprimento de mesada, chantagem, ameaça de morte, acusação de feitiçaria, ofensas morais e corporais são alguns dos casos que se destacaram nos processos recepcionados, conforme avançou. Destacou os Distritos Urbanos do Belo Monte e do Kicolo, como sendo os que mais dão entrada de casos de violência doméstica, por serem zonas com alto índice de pobreza, mas reconheceu que se tem conseguido dar o devido tratamento, no sentido de banir este mal que enferma em muitas famílias da municipalidade. Isabel Vesse Vesse referiu que durante o ano transacto, a sua instituição engajou-se na implementação de projectos de geração de renda e inclusão produtiva, onde são envolvidas pessoas em situação vulnerável. A dirigente refere que a direcção que encabeça tem trabalhado em parceria com a Polícia Nacional, igrejas, INAC, Julgado de Menores e Lares de Acolhimento. O uso excessivo de bebidas alcoólicas e drogas, disse, são males que afectam os jovens. Anunciou que alguns cultivam a droga “cabeça de pássaro” nos seus bairros. "Temos incentivado os jovens a apostarem na sua formação e frequentarem cursos que são ministrados nos centros profissionais, com vista a deixarem a delinquência”.