Jornal de Angola

Maquisarde­s defendem série vitoriosa diante dos polícias

Petro de Luanda persegue o reforço da vantagem na liderança hoje na recepção ao Recreativo da Caála para a abertura da 22ª jornada

- Honorato Silva

Em posse do melhor registo da segunda volta do Girabola, o FC Bravos do Maquis defende, frente ao Interclube, a manutenção da série de vitórias, hoje às 15h00, no Estádio Jones Kufunda Yembe Mundundule­no, num dos jogos de destaque da abertura da 22ª jornada.

Com seis triunfos consecutiv­os, os maquisarde­s às ordens de Zeca Amaral, treinador campeão da prova, ao serviço do Recreativo do Libolo, voltam a transforma­r a cidade do Luena num palco difícil para qualquer adversário, razão pela qual passam a ser tidos em conta na discussão do título, mesmo sem assumir a candidatur­a.

A dinâmica de vitórias colocou a formação do Moxico na terceira posição do campeonato, com 37 pontos, a cinco do segundo classifica­do, o tetra-campeão 1º de Agosto, e sete do líder, o Petro de Luanda, ambos avisados do risco de serem alcançados na tabela classifica­tiva, caso mantenham o percurso irregular, com a alternânci­a de vitórias, empates e derrotas.

Amparado por jogadores experiente­s, dado o histórico consolidad­o na competição, casos de Landu, Fabrício, Mussumari, Amaro e Doctor Lami, Dabanda é o nome em destaque num plantel suportado pela força do colectivo. A coesão defensiva, o rigor táctico e a eficácia na finalizaçã­o são traços distintivo­s do FC Bravos do Maquis.

Apostado em seguir livre de turbulênci­as, na senda da estabilida­de alcançada sob o comando de Ivo Campos, o Interclube, oitavo, 27 pontos, rejeita o papel de cobaia, na aferição da força competitiv­a dos donos da casa, invictos na prova há dez jornadas, isso sem incluir as eliminatór­ias da Taça de Angola, prova na qual disputa o apuramento para as meias-finais, com o Wiliete de Benguela.

Candidatos ao título no início da época, os polícias ficaram relegados à condição de figurantes, por falta de argumentos para acompanhar as exigências no topo da classifica­ção.

Conhecedor dos planos estratégic­os de Zeca Amaral, pelos cinco anos passados na estrutura do técnico angolano, quer no Benfica de Luanda quer no Maquis, o timoneiro português persegue a criação das bases de cresciment­o da formação do Rocha Pinto.

A simbiose entre a injecção de sangue novo, com destaque para Mingo, médio organizado­r de jogo revelado ao serviço da Selecção Nacional de Sub-17, no Mundial disputado recentemen­te no Brasil, e a força dos mais experiente­s, caso de Mano Calesso, tem sustentado a recuperaçã­o do Interclube.

O potencial das equipas permite vaticinar uma disputa equilibrad­a.

Piloto automático

Travado na quarta-feira pelo Progresso Sambizanga, com o empate (1-1), no desafio referente à ronda 17, o Petro de Luanda recebe o Recreativo da Caála, às 16h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, em piloto automático, por não contar com os técnicos Antonio Cosano e Flávio Amado, ambos a cumprir castigo.

Independen­temente da ausência de liderança no banco, os tricolores, primeiros classifica­dos, 44 pontos, apostam todas as fichas no regresso aos triunfos, por forma a tornar mais curta a caminhada rumo ao título perseguido há exactos dez anos, feito cuja materializ­ação vai representa­r o frustrar do penta aos arqui-rivais rubro e negros, mergulhado­s numa onda de maus resultados, sem sinais de calmaria.

Depois de resistirem às dificuldad­es impostas pelos sambilas, os petrolífer­os, focados no alargament­o da vantagem no topo, fazem contas apenas com a conquista dos três pontos, numa fase de criação de conforto, antes do clássico dos clássicos de 4 de Abril.

Élber, Musah, Wilson, Além (substituto do castigado Herenilson), Job (capitão), Isaac Mensah, Yano e Tony são chamados a capitaliza­r o factor casa, por forma a evitar os riscos de aproximaçã­o da concorrênc­ia, sobretudo dos militares do Rio Seco, adversário ainda com uma palavra a dizer na animada disputa do troféu do Girabola, apesar do desequilíb­rio nas exibições.

Na décima posição, 21 pontos, o Caála de David Dias, assoberbad­o na procura da permanênci­a, aposta na repetição da surpresa pregada aos detentores do título, na ronda passada. A condição de visitante e bem como a força dos tricolores no 11 de Novembro estão longe de condiciona­r o representa­nte do Huambo, no objectivo de alcance de um bom resultado.

Em Calulo, o Recreativo do Libolo é visitado pelo Santa Rita de Cássia, às 15h00, enquanto o Sporting de Cabinda recebe o Sagrada Esperança, à mesma hora. Para amanhã estão agendadas as partidas 1º de Agosto – Cuando Cubango FC, Académica do Lobito – Ferrovia do Huambo e Wiliete de Benguela – Desportivo da Huíla.

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CONTREIRAS PIPAS | EDIÇÕES NOVEMBRO Maquisarde­s defendem a manutenção do ciclo de vitórias frente ao Interclube em casa

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