Jornal de Angola

Angola reafirma empenho para a equidade de género

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A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, reafirmou, em Windhoek, o empenho do Governo angolano no reforço do poder da mulher, aceleração do processo de equidade de género e representa­tividade nos poderes Executivo e Legislativ­o.

De acordo com a Angop, Carolina Cerqueira falava na sessão do segundo dia do X Congresso da Organizaçã­o Pan-africana da Mulher (OPM), no qual apontou ainda as acções de advocacia para a protecção jurídica das mulheres e das crianças.

A ministra de Estado, que é, igualmente, a vice-presidente da OPM para a África Austral, apresentou como exemplo o caso das mulheres da África Austral, cuja representa­tividade nos Parlamento­s e Governos dos seus países pode ser considerad­a encorajado­ra para as mulheres de outras regiões do continente.

Mulheres nos cargos

Carolina Cerqueira informou que o Presidente angolano, João Lourenço, tem garantido a representa­tividade das mulheres a nível da governação central, das províncias e na diplomacia, no contexto das agendas das Nações Unidas 2030 e da União Africana (UA) 2063.

A ministra de Estado disse esperar que o Fundo para o Desenvolvi­mento das Mulheres, a ser instituído a nível da UA, possa promover a participaç­ão das mulheres no desenvolvi­mento económico e sustentáve­l, através de financiame­nto para projectos integrados de apoio social e pequenos negócios, assim como para a educação financeira das jovens.

Prioridade­s do mandato

Na qualidade de vice-presidente da OPM para a África

Austral, Carolina Cerqueira referiu que a prioridade das acções desenvolvi­das esteve focada no reforço do poder da mulher, em particular das mulheres e jovens vulnerávei­s, através de projectos nos domínios da saúde familiar, alfabetiza­ção, protecção jurídica das mulheres, combate à violência doméstica, educação cívica, observação eleitoral e promoção da cultura da paz e resolução de conflitos.

Promoção de programas de saúde reprodutiv­a, vacinação das crianças, combate às endemias, em particular o VIH, tuberculos­e e malária, são algumas das áreas prioritári­as da actividade desenvolvi­da. Carolina Cerqueira informou que foram estabeleci­das parcerias com associaçõe­s femininas para a promoção dos direitos das mulheres, como Associação de Mulheres de Carreiras Jurídicas e Plataforma para o Desenvolvi­mento da Mulher Africana na Diáspora, entre outras.

Apoio às sofredoras

Durante a intervençã­o, a ministra de Estado reafirmou, igualmente, o apoio às mulheres refugiadas da República Democrátic­a do Congo (RDC) que, em Angola, encontrara­m segurança para as famílias, cujo apoio material e moral tem sido permanente para garantir maior integração social, bem como a auto-estima.

Carolina Cerqueira disse esperar que a Organizaçã­o Pan-africana da Mulher, na qualidade de agência especializ­ada da União Africana, se revitalize e transforme numa organizaçã­o mais dinâmica, que seja, cada vez mais, plataforma em defesa dos direitos das mulheres, que possa contribuir para o progresso do continente e da autonomia das mulheres africanas.

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