Emirados Árabes Unidos e EUA realizam manobras
As forças de fuzileiros dos EUA e dos Emirados Árabes Unidos realizaram ontem um grande exercício militar, no meio de tensões militares com o Irão e da pandemia de Covid-19.
Durante a operação, tropas correram pelas dunas da base militar de Al-Hamra, simulando a tomada de assalto de uma cidade, atacando a torre de controlo do aeroporto, uma refinaria de petróleo e uma mesquita.
O exercício bienal, "Native Fury", procura salientar os laços estreitos entre as forças norte-americanas e as dos Emirados Árabes Unidos.
A edição deste ano ocorre meses depois de os Estados Unidos terem assassinado um importante general iraniano, durante um ataque aéreo em Bagdad, o que provocou uma série de acções de retaliação do Governo iraniano contra interesses dos EUA no Golfo.
Ainda assim, os responsáveis militares dos EUA negam que este exercício possa ser visto como uma provocação ao Governo de Teerão, estando a ser realizado a apenas 300 quilómetros das fronteiras iranianas.
"Provocatório? Não sei... Se eles virem isto como provocatório, o problema é deles (iranianos)", disse Thomas Savage, comandante das tropas norte-americanas nesta operação, salientando que o objectivo é assegurar a capacidade das forças militares em garantirem "a estabilidade na região".
No exercício participaram cerca de quatro mil soldados norte-americanos, do Exército e da Marinha, que fizeram uma prova de força, meses depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter reiterado a intenção de reduzir o contingente militar na região do Golfo.
Do lado dos Emirados, a operação serviu para demonstrar a aliança com os EUA.