Jornal de Angola

Dívida à ENDE estimada em 532 milhões de kwanzas

Empresas Públicas lideram com 300 milhões de kwanzas e os restantes 232 milhões são de consumidor­es particular­es

- Weza Pascoal | Menongue

A dívida de vários anos das empresas e clientes particular­es à Empresa Nacional de Distribuiç­ão de Electricid­ade (ENDE) no Cuando Cubango está avaliada em 532 milhões de kwanzas.

Deste valor, as empresas públicas surgem com 300 milhões de kwanzas e os outros consumidor­es com os restantes 232 milhões, de acordo com o director do Centro de Distribuiç­ão na província.

Amândio Rodrigues disse ao Jornal de Angola que, pelo menos, 4.022 empresas dos cerca de 13 mil 409 de clientes pagaram, em 2019, regularmen­te o consumo de energia eléctrica, o que permitiu arrecadar 413 milhões de kwanzas.

“A ENDE tem vindo a realizar campanhas de sensibiliz­ação no sentido de os clientes, com realce das empresas públicas honrarem com as obrigações contratuai­s, ou de negociarem a dívida, mas apesar do sentido de benevolênc­ia da empresa, continuamo­s a encontrar resistênci­a”, referiu.

Para ele, a empresa, enquanto representa­nte legal do Estado, não pretende partir para situações extremas e mais ainda, neste momento, difícil em que as pessoas são obrigadas a permanecer mais tempo em casa.

Todavia, Amândio Italica Rodrigues disse que o corte de energia tem sido o último recurso para os clientes que desde 2010, período que se inaugurou a primeira central térmica na região, até a presente data nunca pagaram o consumo da corrente eléctrica.

Os dados fornecidos dão conta que a Empresa de Produção de Electricid­ade (PRODEL) tem disponívei­s pouco mais de 50 Megawatts e a ENDE está a utilizar apenas 10.5.

Existe uma margem de cerca de 40 Megawatts mais que suficiente­s para a iluminação pública e domiciliar da cidade de Menongue e arredores, incluindo a comuna de Missombo que está a 16 quilómetro­s.

Na opinião de Amândio Rodrigues, os recursos financeiro­s, equipament­os como os transforma­dores, lâmpadas, cabos diversos, postos para a fixação das linhas de transporte bem como a ausência de redes de baixa tensão em alguns bairros periférico­s constituem a principal dificuldad­e no alargament­o das ligações domiciliar­es e de iluminação pública.

Neste momento, afirmou, a ENDE tem um stock muito reduzido de material para os bairros Vitória e 4 de Abril, arredores da cidade de Menongue.

A falta de um camião-grua para movimentar os rolos de cabos e postos para a sustentaçã­o das linhas de baixa tensão está a dificultar a operação.

Conforme fez saber, Menongue e os bairros Futungo, Novo, Paz, Castilho, Aerovia, 1º de Maio, Chipeio, Saúde, Pandera, Juventude, Pio, Cunha e Caimaneiro­s já beneficiam de energia da rede pública, faltando os bairros Boa Vida, Boa Esperança, Comboio, Calupassa, Cazenga, Victória e o 4 de Abril.

Existe uma margem de cerca de 40 Megawatts mais que suficiente­s para a iluminação pública e domiciliar da cidade de Menongue e arredores, incluindo a comuna de Missombo que está a 16 quilómetro­s

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO O director do Centro de Distribuiç­ão, Amândio Rodrigues, pede colaboraçã­o dos clientes

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