EUA cortam ajuda financeira a Cabul
O chefe da diplomacia norteamericana, Mike Pompeo, anunciou, ontem, em Cabul, a suspeinsão da ajuda financeira de 1 bilião de dólares ao Afeganistão, por não ter conseguido convencer, na segunda-feira, os líderes afegãos, sobre a formação de um Governo de União.
O secretário de Estado fez uma visita surpresa a Cabul, na segunda-feira, durante a qual reuniu-se com o Presidente afegão, Ashraf Ghani, e com o ex-chefe do Executivo, Abdullah Abdullah, que se autoproclamou vencedor das eleições presidenciais de 28 de Setembro, sob as quais pairam acusações de fraude.
Pompeo exortou os dois líderes a “fazerem compromissos pelo bem do povo afegão”, segundo um comunicado do Departamento de Estado, citado, ontem, pela Lusa. “Os Estados Unidos lamentam profundamente o facto dos dois políticos terem “informado a Mike Pompeo sobre a incapacidade de encontrarem um acordo para a formação de um Governo inclusivo”, acrescentou o comunicado.
Devido a este fracasso, que “supõe uma ameaça directa aos interesses americanos”, Washington decidiu cortar “imediatamente” a ajuda financeira a Cabul, disse Pompeo.
“Estamos prontos para cortar mais 1 bilião de dólares em 2021”, ameaçou Pompeo no mesmo comunicado.
“Os Estados Unidos estão decepcionados com esta atitude negativa nas nossas relações e no relacionamento dos nossos dois Estados”, acrescentou o governante.
A retirada progressiva das tropas americanas, iniciada após o acordo de 29 de Fevereiro entre Washington e os talibãs, continua segundo o previsto, disse Pompeo.