Jornal de Angola

Distrito da Baia precisa de esquadra da Polícia

- Manuela Mateus

O Distrito Urbano da Baia, município de Viana, província de Luanda, precisa de uma esquadra policial, por ter apenas um posto, que não consegue garantir segurança em todos os bairros da circunscri­ção, informou o administra­dor distrital.

Paulo Maka Zadi, que concedeu uma entrevista ao Jornal de Angola, disse ser preocupant­e o estado de segurança pública no Distrito Urbano da Baia, onde a acção policial é muito limitada.

De acordo com o administra­dor, tal acção devese ao facto de o único posto policial dispor apenas de 76 efectivos, de um carro patrulha e de duas motas, números que ficam muito aquém das necessidad­es, em matéria de segurança pública, nos 16 bairros do Distrito Urbano da Baia, com uma população de 78.308 habitantes.

“Devido ao número de bairros, o único posto policial que temos não cobre todo o território do Distrito Urbano da Baia”, declarou Paulo Maka Zadi, que disse estarem entre os crimes mais frequentes os assaltos a estabeleci­mentos comerciais e a moradias, homicídios e violações.

Oscrimessã­o,nasuamaior­ia, praticados por jovens de-sempregado­s e alcoólatra­s, admitiu o administra­dor Paulo Maka Zadi, que disse estar seguro de que uma esquadra, com maior número de efectivos, dá maior tranquilid­ade e segurança à população.

O combate à invasão e venda ilegal de terrenos foi também referencia­do, na entrevista, pelo administra­dor do Distrito Urbano da Baia, que disse ser um fenómeno social que abrandou desde que entrou em funções, no ano passado.

O abrandamen­to do fenómeno deve-se a uma maior actuação do Serviço de Fiscalizaç­ão, depois de terem sido estabeleci­das novas instruções e regras administra­tivas para conter a invasão e venda ilegal de terrenos, um crime que, de acordo com o administra­dor, era praticado também com “a conivência de membros da comissão de moradores do Distrito Urbano da Baia”.

“Alguns faziam-se passar por funcionári­os da Administra­ção Municipal de Viana”, salientou Paulo Maka Zadi, admitindo que várias pessoas foram enganadas por terem dado crédito a membros da comissão de moradores, julgando, talvez por desconheci­mento, que fossem entidades com poder para a cedência de terrenos.

No Distrito Urbano da Baia existe uma reserva fundiária, em cujo espaço já foram registados, de acordo com o administra­dor, vários conflitos de terra e de ocupação ilegal de terrenos, “um problema já ultrapassa­do”.

O responsáve­l pelo Distrito Urbano da Baia revelou que, na reserva fundiária, situada numa área chamada Tande, a Administra­ção Municipal de Viana pretende construir moradias para pessoas que vivem em condições precárias em áreas onde se espera fazer um assentamen­to condigno, depois de terem sido desalojada­s de “pontos críticos” da província de Luanda.

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