Exibições suspensas criam perdas avultadas
Dez maiores exibidores dos Estados Unidos suspenderam as projecções em salas de cinema, que se traduz na paralisação de 89 por cento das grandes telas do país.
De acordo com o jornal "New York Time", com as salas de cinema de todas as partes dos Estados Unidos fechadas por causa da pandemia de coronavírus e dispensado a maioria dos empregados, a Associação Nacional dos Proprietários de Cinemas americana solicitou ao Congresso e ao Governo de Donald Trump, na semana passada, medidas de socorro que ajudem os complexos multiplex a se manterem até que possam retomar os negócios.
Num esforço para combater a propagação do Covid -19, todas as dez maiores cadeias de cinema dos Estados Unidos interromperam as projecções dos últimos lançamentos, outras estão no processo de fazer essa suspensão.
Frente a isso, a organização sectorial, que representa mais de 33 mil salas de exibição nos 50 Estados americanos, solicitou que o Governo Federal garanta empréstimos para ajudar essas empresas durante o período de quarentena, no qual o público não pode mais se reunir no escuro e sentar lado a lado para assistir aos filmes recentes.
A associação também pediu um alívio na cobrança de imposto, a fim de ajudar os proprietários a pagar os trabalhadores e compensar parcialmente os prejuízos.
“O Governo de Trump está garante empréstimos e vai oferecer outros benefícios ao sector de transporte aéreo, que é composto por grandes empresas com empregados que trabalham sob contrato”, disse John Fithian, presidente da associação das salas de cinema.
“Gostaríamos de pedir que pense também no sector de salas de cinema, uma parte importante da dinâmica cultural do nosso país, e em nossos 150 mil funcionários que trabalham em contrato”.
A Associação Nacional dos Proprietários de Cinema também anunciou que recorreria a um milhão de dólares das suas reservas para ajudar trabalhadores que perderam os empregos por causa dos encerramentos causados pelo coronavírus. Os estúdios de cinema devem contribuir para esse fundo.
Rolando Rodriguez, presidente-executivo do Marcus Theaters, uma cadeia que conta com 91 salas de cinema em Milwaukee, disse que a assistência federal é essencial.
Thomas Rothman, presidente do conselho da Sony Picture, prevê, por outro lado, que o apetite pelo cinema vai ser mais forte do que nunca quando a pandemia passar.
“As pessoas vão querer sair e curtir experiências comunitárias”, projectou. “Vamos lembrar de o quanto amamos estar uns com outros”.