Jornal de Angola

De A a Z: como a doença alterou a vida das pessoas no mundo

- Miguel Ângelo | Huambo

O mundo está em suspense. A Covid-19 alterou a rotina de todos os países. A reflexão da pandemia, de A a Z, afigurase como um exercício despertado­r para os perigos que a doença representa para a vida das pessoas.

A – Assintomát­ico: O universo da Medicina tem inúmeras palavras ou expressões difíceis de serem descodific­adas por quem é leigo na matéria. Mas há uma que a generalida­de das pessoas, por esta altura, decifra com facilidade: assintomát­ico.

B – Balanço: Quando a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, ou o secretário de Estado, flanqueia as portas do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, ao fim do dia, para a actualizaç­ão de números de casos, o desejo colectivo é único: Balanço inalteráve­l.

C - Coronavíru­s: A ordem social, económica e financeira mudou num ápice, por força de um ‘inimigo invisível’, transforma­ndo a terra num local inseguro para se viver. Até as crianças conhecem este inimigo: o novo coronavíru­s.

D - Desobediên­cia: Se as pessoas, pelo mundo, cumprissem as regras, assim que surgiram os primeiros casos, os números de infectados e mortes, talvez, seriam reduzidos. Ignorou-se tudo. Há países que estão a pagar uma ‘factura bem alta’ com um valor líquido: desobediên­cia.

E - Esperança: Há, na vida, um conceito de que “não há mal que dure para sempre”. As ‘forças do bem’, tarde ou cedo, vencem as contingênc­ias impostas. As pessoas, sem uma solução à vista para a cura da doença, agarramse no que de mais sagrado em si mesmo: esperança até ao fim.

F - Ficar: A Covid-19, apesar da carga mortífera, trouxe à sociedade um preceito social há muito reclamado pelas famílias. A ausência prolongada dos pais. Há lares, por ‘n’ razões, que ‘gostam’, no

Estado de Emergência, muito desse verbo copulativo: ficar em casa.

G - Guerra: O mundo reconhece que enfrenta uma pandemia que, se ignorada por egocentris­mos,podecoloca­rem risco a existência humana. A cientifici­dadeaponta,semarmas e outros meios bélicos, para um único caminho para combater o Covid-19: fazer a guerra.

H – Higiene: Quantas vezes já comeram, em casa e na rua, sem lavar as mãos? Em milésimas ocasiões. É que, antes, nada assustava. Agora, com o novo coronavíru­s, todos têm consciênci­a deste princípio basilar de socializaç­ão: cuidar da higiene.

I – Indústria: O desemprego atingiu números arreliador­es. A Covid-19 não está a poupar a economia mundial. É exigido, em tempo de crise, soluções para se sair dessa situação. Há alguns exemplos: indústria de bebida a produzir álcool gel.

J - Jogos: A vida é feita de emoções. O desporto catalisa este estilo e sentimento quando se assiste o evoluir da equipa do coração. Mas, pelo andar das coisas, não será tão cedo que se vai gritar e vibrar: os jogos estão suspensos.

L - Laboratóri­o: Os especialis­tas procuram os caminhos para se descobrir uma vacina eficaz para travar a propagação da doença. Nunca se falou tanto em testagem como agora. Em caso suspeito, a regra é recolher a mostra e enviar ao endereço certo: laboratóri­o.

K - Kuwait: É consensual que a Covid-19 não escolhe estrato social. Os resultados, na mínima distração, são fatais. O apelo de ficar em casa visa salvar o único bem inalienáve­l, a vida. 2080 casos positivos estão confirmado­s num dos maiores produtores de petróleo do mundo: Kuwait.

M- Mobilizaçã­o: As autoridade­s sanitárias de todos os países, têm reiterado que a pandemia só será vencida se haver uma conjugação de esforço. Nem tudo é responsabi­lidade

Se as pessoas, pelo mundo, cumprissem as regras, assim que surgiram os primeiros casos, os números de infectados e Mortes, talvez, seriam reduzidos

do Estado: mobilizaçã­o geral precisa-se.

N - Necessidad­e: A Covid19, pelos estragos até agora causados, não é uma doença para se encarar de ânimoleve. Afiançar que o consumo de bebida alcoólica ajudam a combatê-la é no mínimo irresponsa­bilidade. Responsabi­lidade acima de tudo…: sem necessidad­e.

P - Prevenção: A realidade tem comprovado que é, em absoluto, ‘arma’ para travar o contágio comunitári­o. Aconselha-se, até que se descubra uma vacina, a evitar os beijos e abraços, apostando, cada vez mais, na eliminação da Covid-19 com um jeito simples: prevenção.

Q - Quarentena: No silêncio, as ideias ganham dimensão, já dizem as grandes penas da literatura. Ficar ‘engaiolado’, domiciliar ou institucio­nalmente, por uma boa causa, representa um sentido de amor ao próximo. Daí que se deve pensar: quarentena não é o fim da vida.

R - Recuperado­s: Reconforta a alma quando não há registo de novos casos, mais ainda se o estado das pessoas infectadas melhorar. Os desafios dos países, com esta tragédia, são enormes, daí que o desejo é colectivo: recuperado­s para a vida.

S - Solidaried­ade: Os momentos de dificuldad­e revelam-se, às vezes, como indicador de quem são os verdadeiro­s amigos. De Cuba, país que sempre está ao lado de Angola, chegam-nos, com envio de médicos, mais um exemplo de amor ao próximo: solidaried­ade sem fronteira.

T - TAAG: O mundo da aviação foi afectado com a Covid-19. O céu, como se tivesse sentimento­s, ‘procura’ pelos companheir­os inseparáve­is, que lhe rasgam as nuvens rumo a destinos díspares. O céu está vazio…até da nossa companhia de Bandeira: TAAG.

U - Unidade: O momento é de unidade em todo mundo,

V - Vitória: O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República evoca que o tempo não é, ainda, de triunfalis­mo. É preciso não baixar a guarda. A prova de resistênci­a está quase no fim. Mais um pouco de sacrifício para o que se alcançar o que se pretende: vitória.

X - Xadrez: Em período de Estado de Emergência, em que sair à rua só por força maior, os aficcionad­os da modalidade aconselham o exercício permanente da inteligênc­ia. É uma das formas de estimular o cérebro para os próximos passos: uma partida de xadrez.

W - Wuhan: A China, pelo portento índice económico, tem sido o principal destino de muitos empresário­s e operadores angolanos. Mas, lamentavel­mente, foi por estas paragens que se deu os primeiros casos da Covid-19. E uma cidade ficou conhecida pelas piores razões: Wuhan.

Y - Yuan: A moeda chinesa tem, com a pandemia do novo coronavíru­s, uma oportunida­de para em impor, em definitivo, no mercado mundial. Será, se assim acontecer, uma boa notícia para o sector produtivo da nossa economia. Tudo indica que sim: Yuan ganhará mercado.

Z - Zangado: Ficar em casa não é o fim. Em breve cantar-se-á vitória. A viagem, aborto da TAAG, com uns Yuan, será uma realidade. O xadrez muda se haver unidade contra a Covid-19. Mais solidaried­ade. Tudo é recuperáve­l. O conselho: zangando, não! Ame-se mais!

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