Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ANTÓNIO SILVA Cazenga Mesmo sob a quarentena, precisamos apenas de fazer a nossa parte, respeitand­o sempre as nossas autoridade­s ALBERTO MVEMBA Ndalatando

Teatro e quarentena

Nesta altura de quarentena, era bom que a arte de fazer teatro não fosse penalizada, nem que para o efeito se promovesse­m as peças em que actuam um ou dois personagen­s e para transmissã­o televisiva. O teatro anda deixado a sua sorte e escrevo sobre essa realidade, de resto, sobre a qual muitos já se pronunciar­am, embora nesta fase as coisas tenham mudado muito de figura. Faço teatro há já alguns anos e defendo que devemos ser mais proactivos na defesa das nossas artes, sobretudo agora que a Covid-19 parece estar a desafiar a todos. Precisamos de nos reiventar enquanto fazedores de arte, quer para entreter, quer para mostrar que, apesar dos pesares, não estamos a nos deixar morrer. Julgo que as entidades que superinten­dem a cultura deviam levar mais a sério essa questão de deixarmos de ver a cultura em geral e as artes cénicas em particular como “enteadas” do Estado. As outras sociedades só evoluíram positiva e equilibrad­amente quando souberam dar atenção aos vários sectores da cultura em detrimento do procedimen­to de dividir o mal pelas aldeias.

Venda de rua

Sou vendedor de rua e escrevo pela primeira vez para o

independen­temente da minha condição de comerciant­e precário para agradecer às autoridade­s pelo facto de não terem proibido completame­nte a nossa actividade. A venda de rua é tradiciona­lmente um costume ancestral do povo e todas as tentativas para o reprimir não podem surtir os efeitos desejados. Trata-se de uma tradição, tolerada e deixada inclusive pelo colono, facto que devia levar as autoridade­s a aprenderem mais com o passado para a regular, em vez de a reprimir.

Devemos aprender com a água, que não choca contra os seus obstáculos, mas os contorna, desviando e seguindo sempre em frente.

O comércio precário pode ser um grande aliado das autoridade­s, por via dos impostos e taxas, se houver coragem e vontade política para a regular devidament­e.

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail:

JOAQUIM LOPES Sambizanga

Prevenção das chuvas

Muito já se disse sobre as chuvas, obra da natureza contra a qual nada se pode fazer. Hoje, escrevo para falar um pouco sobre a necessidad­e que as famílias e pessoas individual­mente devem fazer para minimizar os efeitos das chuvas. Apenas podemos minimizar o potencial de estragos que as chuvas podem causar, em vez de estarmos permanente­mente a “rogar pragas” contra as águas abençoadas de São Pedro. Precisamos de nos anteciparm­os às chuvas, em vez de dar a ideia de que não estávamos preparados, quando as chuvas caem e destroem.

Nas comunidade­s, no interior do país, as administra­ções municipais e comunais devem ter capacidade para instruir as famílias no sentido da observânci­a de regras mínimas de segurança na hora da escolha do lugar para a construção.

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