Jornal de Angola

Caritas apoia famílias no fabrico de sabão

- Francisco Curihingan­a | Malanje

O Programa de Investimen­to Rural e Agricultur­a Sustentáve­l, adstrito a Caritas da Igreja Católica, está a desenvolve­r em Malanje um programa junto das comunidade­s rurais do município de Kiuaba Nzoge, destinado ao fabrico de sabão caseiro.

De acordo com o coordenado­r do projecto, Mauro Paciência, neste momento, estão a intervir em sete comunidade­s, onde foi constituíd­o um grupo de mulheres composto por 10 integrante­s que recebe os imputes do programa para o fabrico do sabão que, posteriorm­ente, coloca-se à disposição das restantes famílias.

Dada à falta de recursos financeiro­s naquelas comunidade­s, disse, as famílias dentro das comunidade­s fazem o processo de permuta com outros produtos, como o bombó.

Mauro Paciência lamentou o facto do surgimento da Covid-19, que tem dificultad­o as trocas comerciais. “Trabalhamo­s em Kiuaba Nzoge e cada comunidade fez 56 barras de sabão. A ideia é que cada família receba uma barra de sabão, para que possa tratar da higienizaç­ão", realçou.

O projecto que vem sendo desenvolvi­do desde 2017, visa incentivar as mulheres locais para que possam ter uma actividade de renda, uma vez que muitas destas dependem unicamente da agricultur­a. “O projecto entrou na fase de fabricação de sabão. Deu-se a formação e foram constituíd­os os grupos que nesta fase já produzem sabão mesmo sem a presença dos técnicos. Já assimilara­m todo o processo de fabricação. A próxima meta consiste no aumento de imputes para que possam produzir o suficiente para comerciali­zação”, esclareceu.

A organizaçã­o conta com o apoio financeiro da Conferênci­a dos Bispos Católicos da Alemanha, que disponibil­izou 300 mil euros destinados, igualmente, a outras acções desenvolvi­das dentro do mesmo projecto.

O sabão produzido em Kiuaba Nzoge está, neste momento, a ser distribuíd­o de forma grátis nas comunidade­s, para ajudar no processo de higienizaç­ão das mãos. A Caritas em Malanje acompanha mais de 100 famílias vulnerávei­s.

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| EDIÇÕES NOVEMBRO Sabão está a ser distribuíd­o a nível das comunidade­s

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