País sem novos casos positivos
Jovens relatam experiências do confinamento social 32 funcionários de petrolíferas têm “luz verde” para trabalhar Cabo Verde regista mais nove infecções
Trinta e dois trabalhadores de empresas petrolíferas, que fizeram parte das 239 pessoas que tiveram alta médica, receberam luz verde das autoridades sanitárias para retomarem a actividade laboral, informou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para Saúde Pública.
Franco Mufinda disse que os trabalhadores foram autorizados a regressarem ao trabalho, depois de cumprirem a quarentena institucional de 14 dias. Assegurou que nas últimas 24 horas foram analisadas 90 amostras, todas elas negativas, nas mesmas localidades.
O secretário de Estado, que falava na habitual conferência de imprensa de actualização de dados, declarou que o país mantém os 25 casos positivos da Covid19, 17 estáveis, seis recuperados, dois dos quais receberam alta e duas mortes.
Em relação às amostras, referiu que foram colhidas 1.918, estando em processamento, desde ontem, 329 provas.
O secretário de Estado para a Saúde Pública lembrou que não houve alteração no grupo etário dos casos, apenas há em termos de sexo, que passa de 68 contra 32 com predominância masculina.
Segundo o governante, estão em seguimento os contactos directos de 938 pessoas, sendo que os casos investigados estão acima de 390. “À volta do caso positivo número 25, que é o caso da técnica de estatística cubana, foi realizado todo um trabalho de investigação, sendo que 183 indivíduos foram detectados e observam a quarentena institucional”.
Do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), prosseguiu, houve um alerta que foi investigado e validado. Garantiu que as autoridades sanitárias continuam com a busca activa de casos nas comunidades, em função do caso positivo da técnica de estatística cubana.
Franco Mufinda referiu que foram reactivados os centros de quarentena do Calumbo I e II para fazer a gestão de pessoas que venham dos hospitais e que podem recuperar totalmente.
O Ministério da Saúde, de acordo com o secretário de Estado, continua com a formação dos técnicos nas unidades sanitárias, além do reforço à vigilância epidemiológica nos centros de quarentena. Acrescentou que está a ser feito um trabalho com a Inspecção Geral da Saúde nos hotéis, de modo a aferir as condições criadas para responder à gestão da Covid-19.
Aposta do sector
“O sector da Saúde enfrenta ainda muitos desafios, sendo uma das prioridades do Executivo”, conforme adiantou na quarta-feira a ministra de tutela. Sublinhou que estão ainda em curso investimentos importantes para a melhoria da assistência médica e medicamentosa, controlo das grandes endemias, assim como a realização de concursos públicos de ingresso.
Sílvia Lutucuta reconheceu os resultados positivos em relação à assistência médica e medicamentosa, com base na logística de medicamentos, com o aumento da quantidade e qualidade, bem como a redução do preço.
Para a ministra, não se pode relacionar a aposta que está em curso no combate à Covid-19 com a melhoria que o sistema de saúde precisa, para se ter garantia de que “conseguimos resolver todos os problemas do sector”.
Segundo a governante, a Covid-19 despertou os técnicos para a abordagem multisectorial dos problemas da saúde. Acrescentou que isso vai permitir o fortalecimento do sistema de vigilância epidemiológica, laboratorial e terapia intensiva, como fito de prestar um melhor serviço para todos.