Competição vai a debate
Reunião acontece amanhã, às 11h00, na sede da Federação. Anulação ou continuidade da prova são as propostas
A anulação ou continuidade da 42ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebol é decidida amanhã, numa reunião agendada para as 11h00, entre os membros da Comissão de Gestão “ad-hoc” da Federação angolana da modalidade (FAB) e os presidentes de direcção dos oito clubes que disputam a competição.
O cenário é equacionado em função da prorrogação do terceiro Decreto Presidencial do Estado de Emergência, cujo objectivo é evitar a exposição aos riscos de contágio do coronavírus, denominado também por Covid-19.
Em declarações ao Jornal de Angola, Tony Sofrimento, membro da comissão e director da prova, assegurou: “O encontro será presencial mas breve, atendendo às medidas de segurança a que estamos sujeitos”. Questionado sobre o ponto da agenda, o dirigente disse: “Vamo-nos debruçar apenas sobre o Campeonato Nacional. É importante ouvir o que pensam os clubes”.
E com este propósito foram convidados os presidentes do 1º de Agosto, Petro de Luanda, Interclube, Atlético Sport Aviação (ASA), Desportivo da Marinha, Vila Clotilde, Universidade Lusíada e Clube de Formação Desportiva Kwanza. Segundo Tony Sofrimento, a reunião deve ser conclusiva: “Tem de ficar decidido se continuamos ou anulamos a época”.
A 20 de Março, apesar de o Decreto Legislativo Presidencial Provisório nº 1/20, de 18 de Março, não proibir a realização de eventos públicos, como cultos religiosos, actividades culturais, recreativas, desportivas, políticas, associativas, turísticas, privadas e de qualquer outra índole, com a aglomeração de menos de 200 pessoas, ainda assim, e com o beneplácito dos clubes, os dirigentes federativos acharam por bem, interromper a competição, cuja quarta e última volta da fase regular tinha três jornadas por disputar.
Na ocasião, Tony Sofrimento assumiu: “Adiar os desafios foi a melhor decisão. Antes do Chefe de Estado anunciar as medidas já tínhamos conversado e chegado à conclusão de que era necessário parar. Felizmente as partes envolvidas aceitaram de bom grado a iniciativa”.
E esclareceu: “Não podíamos continuar porque só as equipas envolvidas movimentam quase cinquenta pessoas. Depois viria o pessoal de apoio, como juízes e cronometristas, Polícia, serviços médicos, além dos profissionais de Comunicação Social”.
Continuando, evocou o facto dos atletas não viverem todos no mesmo sítio “e entram em contacto físico uns com os outros nos jogos. É impossível ignorarmos este pormenor, e se assim procedêssemos, estaríamos a ser irresponsáveis”.
Petro lidera a prova
Por altura da suspensão, o Petro de Luanda, actual campeão, liderava, com 49 pontos, a tabela classificativa, seguido do 1º de Agosto e Interclube, ambos com 44.
Reforçados esta época, com o base norte-americano, Antwan Scott e os angolanos Bráulio Morais, Valdelício Joaquim “Vander” e Jone Pedro, os petrolíferos, não têm dado tréguas aos adversários, sendo com isso os vencedores antecipados da fase regular. Caso reate o “nacional” maior, ainda que percam os três encontros, os tricolores somarão 52 pontos, números fora do alcance das outras formações.
Eis a composição da equipa às ordens de Lazare Adingono: Childe Dundão, Joaquim Pedro “Quinzinho” e Antwan Scott (bases), Bráulio Morais (extremo-base), Gerson Gonçalves “Lukeny”, Carlos Morais, Olímpio Cipriano, José António “ZT”, Benvindo Quimbamba (extremos), Leonel Paulo (extremo-poste), Aldemiro João “Vander”, Valdelício Joaquim, Divaldo Mbunga, Jone Pedro e Aboubakar Gakou.
O cenário é equacionado em função da prorrogação do Estado de Emergência, cujo objectivo é evitar a exposição aos riscos de contágio da Covid-19