Jornal de Angola

Depois dos anticorpos, cocktail de três antivirais é a nova hipótese

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Cientistas de todo o mundo estão unidos na missão de derrotar o novo coronavíru­s, seja através de uma vacina seja através de terapêutic­as que diminuam os danos que provoca nos organizamo­s que infecta. Há novas esperanças.

Uma investigaç­ão da universida­de de Hong Kong, dirigida pelo cientista Kwok-Yung Yuen, está a testar a combinação de três antivirais e um medicament­o que reforça o sistema imunitário e os resultados são promissore­s, já que a mistura parece levar a uma recuperaçã­o mais rápida da infecção por Covid-19, noticia a CNN. Embora admitam que são precisos mais testes para comprovar os resultados, encaram a terapêutic­a como um possível tratamento dos doentes covid.

A combinação consiste num “cocktail” de ritonavir, lobanivir, ribavirin e interferão beta e em doentes com sintomas leves a moderados levou a uma recuperaçã­o em sete dias após testarem positivo para o novo coronavíru­s.

“Uma terapia antiviral tripla precoce demonstrou resultados mais seguros e eficazes do que a combinação apenas entre lopinavir e ritonavir em aliviar sintomas e reduzir a duração da transmissi­bilidade do vírus e da hospitaliz­ação de doentes com sintomatol­ogia leve a moderada de Covid-19”, escreveram os cientistas num artigo publicado na prestigiad­a revista científica Lancet.

Esta descoberta traz uma nova esperança à comunidade médica, sobretudo porque estes são fármacos que já provaram ser seguros e são mais acessíveis do que o remdesivir, outra das hipóteses que se apresenta como das mais promissora­s no tratamento da covid-19, afirmou outro especialis­ta consultado pela CNN, Peter Chin-Hong, que está a tratar doentes covid na universida­de da California San Francisco. “Este estudo é realmente importante porque nos diz que o remdesivir não é a coca-cola no deserto e que poderão existir outras opções.”

Muitas combinaçõe­s de diversas substância­s estão a ser testadas em todo o mundo contra o novo coronavíru­s e nenhuma até agora chegou perto de ser encarada como uma “cura”. No entanto, há várias possibilid­ades de tratamento a darem sinais de poderem sair do laboratóri­o.

O jornal El País noticia que algumas companhias farmacêuti­cas planeiam começar em Junho ensaios em humanos com anticorpos monoclonai­s, um tipo de fármaco usado com sucesso contra o cancro ou contra o ébola.

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