O alerta do Presidente da República e de um bispo da Igreja Católica

O estado de emergência, em virtude da pandemia da Covid-19, foi uma vez mais prorrogado no país, devendo os cidadãos cumprir regras de prevenção e de combate à doença. Sabe-se que, apesar de todas as informações que têm sido veiculadas diariamente pela comunicação social sobre os perigos que decorrem da propagação da Covid-19, muitos cidadãos, em particular na capital do país, continuam a subestimar as consequências da doença, desrespeitando as regras ditadas pelas autoridades sanitárias. Nem mesmo a situação dramática que vivem outros países que estão a perder diariamente muitas vidas humanas tem sido motivo bastante para levar muitos compatriotas nossos a tomar consciência do que está a acontecer a outros povos pode ocorrer na nossa terra, se não cumprirmos as instruções das autoridades sanitárias. O Presidente da República, João Lourenço, alertou para o "sério risco" do país evoluir para uma situação de transmissão comunitária, se abrandarem as medidas até aqui impostas pelo estado de emergência. O alerta do Presidente da República, emitido numa mensagem à Nação, por ocasião da prorrogação do estado de emergência, é para ser levado muito a sério, até porque o Chefe de Estado tem naturalmente informações fiáveis que lhe são fornecidas por especialistas sobre a evolução da pandemia no nosso país. A pandemia de Covid-19 é uma doença que afecta todo o Globo e todos nós nos devemos preocupar com a gravidade da crise sanitária por ela provocada. Essa crise está a paralisar economias e, em consequência disso, a levar empresas e famílias a recorrer a recursos públicos, que, por serem escassos, não chegam para acudir muitas necessidades. O bispo da Diocese de Mbanza Kongo, Dom Vicente Carlos Kiaziku, proferiu recentemente expressivas declarações sobre a pandemia da Covid-19, que devem ser levadas em conta, para que as pessoas não se esqueçam que estamos a enfrentar uma doença com alto grau de letalidade. Disse o Bispo Vicente Kiaziku que "devemos aprender com o que está a acontecer noutros países e cumprir, à risca, com as orientações das autoridades sanitárias. Não devemos esperar que a Covid-19 chegue com grande intensidade ao nosso país, para as podermos pôr em prática. Será tarde e má hora". Que as palavras do Presidente João Lourenço e do bispo Vicente Kiaziku sirvam de reflexão a todos os angolanos nestes tempos difíceis que atravessamos. A situação que vivemos é, como diz o bispo de Mbanza Kongo, "gravíssima".