Empresa anuncia “resultados positivos” em vacina
A empresa americana
de biotecnologia Moderna anunciou resultados “positivos provisórios” na fase inicial de ensaios clínicos da sua vacina contra o novo coronavírus, num pequeno número de voluntários.
A vacina, aparentemente, produziu uma resposta imune em oito pacientes que a receberam, da mesma magnitude que aqueles que já foram infectados com o vírus, informou a empresa.
“A fase provisória 1, embora em estágio inicial, demonstra que a vacinação com o mRNA1273 produz uma resposta imune da mesma magnitude que a provocada por infecção natural”, disse Tal Zaks, director médico da Moderna, em comunicado.
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Isso sugere, embora não seja a prova final, que a vacina desencadeia uma resposta imune. A companhia afirmou que a vacina “tem potencial para prevenir a Covid-19”.
O estudo clínico é realizado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, onde o Governo investiu 500 milhões de dólares para esta potencial vacina. Durante os testes, um grupo de 15 pacientes recebeu três doses diferentes. A fase 3, testando mais pessoas, começará em Julho, acrescentou a farmacêutica.
A vacina da farmacêutica Moderna é uma das 118 experimentais, registadas pela Organização Mundial da Saúde. Oito delas já estão a ser testadas em seres humanos. Os resultados preliminares promissores de alguns não garantem que sejam eficazes ou seguros. Quanto à da Moderna, utiliza uma tecnologia revolucionária nunca aprovada numa vacina. A chave para a virulência do novo coronavírus está nas proteínas das suas espigas, as protuberâncias, que fazem com que o SARS-cov-2 pareça ter espinhos, quando visto ao microscópio.
Os cientistas da Moderna copiam a parte do material genético do vírus - RNA - que contém as instruções para produzir essa proteína a partir da espiga. Ao injectar essa receita de RNA numa pessoa, as células humanas produzem apenas a proteína do vírus e, em teoria, desencadeiam uma resposta imune segura.