Dissidências na CASA-CE inquietam mas não são o fim
O vice-presidente para os Assuntos Constitucionais e Jurídicos da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, admitiu que as dissidências na coligação são preocupantes, mas defendeu que a organização não deve estar parada por causa disso.
Alexandre Sebastião André, que falava ao Jornal de Angola, depois de ter conferido posse a Eduardo Garcia como novo secretário executivo nacional da Juventude Patriótica de Angola (JPA, organização juvenil da CASA-CE), considerou que a coligação deve continuar a trabalhar com aqueles que se revêem nas causas que motivaram a criação.
“Ainda que estamos unidos, haverá sempre diferença. Se chorarmos por aqueles que partem, não estaremos a ir para a frente”, afirmou o também presidente do Grupo Parlamentar da CASACE, que reconheceu que até mesmo a saída de um militante de base é uma perda.
Eduardo Garcia, de 34 anos, natural da província do Uíge, é o novo secretário executivo nacional da JPA, em substituição de Nelson Miguel Francisco, que se demitiu, em Março, por alegada má gestão dos fundos da coligação.
A tomada de posse do novo líder da organização juvenil da CASA-CE aconteceu numa altura em que o Grupo Parlamentar da coligação se encontra dividido ao meio. Dos 16 deputados que compõem a bancada, oito demarcaram-se da direcção da CASA-CE. A atitude dos deputados dissidentes tem sido entendido como um sinal de apoio ao ex-presidente da coligação, Abel Chivukuvuku, que, em Fevereiro do ano passado, foi afastado da liderança por alegada quebra de confiança política.
Alexandre André considerou um “erro de cálculo político” a desvinculação dos oito deputados então pertencentes à CASA-CE. O presidente do Grupo Parlamentar não sustentou a afirmação.
Formado em Ciências da Educação, o secretário executivo da JPA agradeceu a confiança que lhe foi depositada e prometeu corrigir os erros.