Esgotado prazo da CEDEAO para a formação do Governo
O prazo dado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a formação de um Governo na Guiné-Bissau terminou na sexta-feira, à meia noite, mas o Chefe de Estado tem audiências marcadas com os partidos políticos apenas para amanhã, noticiou a Lusa.
No âmbito da mediação da crise política na GuinéBissau, a CEDEAO emitiu, em Abril, um comunicado no qual reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país e instou as autoridades a nomear um novo Governo, que respeite os resultados das legislativas de 2019, até sextafeira à meia noite, e a revisão da Constituição.
Apesar das duas rondas de audiências aos partidos com assento parlamentar, feitas por Embaló, e uma série de encontros realizados, na quinta-feira, entre o PAIGC, vencedor das legislativas, com as restantes formações partidárias, os políticos guineenses não chegaram a entendimento.
O PAIGC venceu as legislativas de Março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no Parlamento. Logo no início da legislatura, o líder da APUPDGB, Nuno Nabian, que ocupava o cargo de primeiro vice-presidente do Parlamento, incompatibilizouse com o PAIGC e aliou-se ao Madem-G15, segunda força política do país, com 27 deputados, e o Partido da Renovação Social (PRS), que elegeu 21 deputados.