Jornal de Angola

Comércio quer boa articulaçã­o para escoar produtos do campo

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O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, defende que os equipament­os existentes nos Centros Logísticos, sobretudo os de Luanda, que se encontram ociosos, sejam postos ao serviço de toda a cadeia de logística e distribuiç­ão dos produtos do campo.

Victor Fernandes, que realizou, na sexta-feira, uma visita de campo ao Centro Logístico e de Distribuiç­ão de Luanda (CLOUD) e ao Mercado Abastecedo­r do Benfica (MAB), disse que vai trabalhar num plano para o sector de logística e distribuiç­ão, para melhorar o escoamento dos produtos do campo para as cidades.

Segundo o ministro, a visita a estas infra-estruturas (câmaras frigorífic­as, máquinas de limpeza, embalagem de frutas e verduras, maquinaria para tratamento de produtos frescos e secos) visou constatar o sector de comerciali­zação, os operadores de distribuiç­ão e os equipament­os disponívei­s, grande parte dos quais não estão a ser usados.

“O que nós queremos que estes equipament­os façam é, essencialm­ente, a distribuiç­ão dos produtos de produção nacional, no âmbito das medidas de alívio económico, adequação da actividade logística e o financiame­nto do mesmo, que vai fazer com que o produto chegue ao consumidor final nos grandes centros comerciais”, disse.

Infra-estruturas

Em termos de infra-estrutura logística e de equipament­os, o país está bem servido, mas o que falta, na visão do ministro, é adequar bem o circuito e estratific­ar quem são ou devem ser os grossistas e quem são ou devem ser os retalhista­s, bem como quem deve importar e o que deve importar.

Victor Fernandes disse que Luanda está bem servida em termos de equipament­os logísticos, mas reconhece que falta adequá-los às circunstân­cias para que a produção que chega aos circuitos informais esteja no circuito formal de economia.

O pequeno produtor, explicou, ao levar o produto aos centros de logística vai mitigar o risco de o perder caso acabe por não o comerciali­zar, porque no centro há condições de acondicion­amento.

O programa do Executivo visa ainda potenciar aqueles cidadãos que já trabalham na área de distribuiç­ão informal com mais meios de transporte e outros bens técnicos e tecnológic­os para melhor desempenha­rem o trabalho.

Quanto à falta de água e de energia eléctrica da rede pública, disse ser uma questão a ser tratada com o departamen­to ministeria­l responsáve­l, uma vez que muitos dos centros de tratamento de água e energia estão próximos dos centros de logística e distribuiç­ão.

Mais produtos

Victor Fernandes considera que o país já tem condições de deixar de importar massa alimentar, em função da produção das indústrias nacionais. O ministro visitou as fábricas UAMI, de leite, Food Tec (massa alimentar), Rei Leão (baterias para viaturas) e ICC Angola, de colchões e materiais de construção, localizada­s na Zona Económica Especial.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Victor Fernandes fala num plano de logística para aumentar o abastecime­nto das cidades

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