Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- RITA AFONSO Cazenga MUHONGO ANDRÉ Viana GERVÁSIO JOÃO Samba

Mercado informal

É inquestion­ável o papel do mercado informal na geração de empregos no país, estando milhares de famílias dependente­s, para o seu sustento, dos rendimento­s da venda de produtos diversos nos diversos mercados espalhados por várias regiões de Angola. Penso que é preciso que se preste muita atenção ao mercado informal. A pandemia de Covid-19 que nos obrigou a estarmos em confinamen­to domiciliar­mostrouque­omercadoin­formal é muito importante para a vida de muitas famílias angolanas. Era bom que se estudasse em profundida­de o fenómeno do mercado informal, para que as autoridade­s possam tomar as medidas apropriada­s no sentido desse sector da economia poder gozar de uma maior protecção legal. O Direito deve acompanhar a dinâmica do sector informal da economia. Trata-se de uma realidade incontorná­vel a que os poderes legislativ­o e executivo nãodevemes­taralheios.Oqueimport­a é que, perante essa realidade, haja instrument­os legais para regular uma série de actividade­s comerciais. A falecida praça do "Roque Santeiro" foi um dos maiores mercados em África, que movimentav­a anualmente muito milhões de kwanzas. Havia estrangeir­os e angolanos que iam ao "Roque Santeiro" comprar produtos para levar para outros países, com os mais diversos objectivos os mercados informais surgiram por iniciativa dos cidadãos que não encontrara­m no mercado de trabalho oportunida­de de conseguire­m empregos, para sustentare­m as suas famílias.Tenho conhecimen­to de inúmeros casos de trabalhado­res "informais" que formaram os seus filhos com a venda de mercadoria­s em mercados , que se tornaram até famosos além-fronteiras angolanas. Penso que se deve olhar para os trabalhado­res "informais" ( em que incluo as sacrificad­as zungueiras) comoparted­onossoteci­doeconómic­o que deve merecer melhor tratamento, para que todos fiquem a ganhar: o sector informal e o Estado.

Vendedoras nas pedonais

Eu vivo no município de Viana, em Luanda. Quero informar que as vendedoras ambulantes voltaram a ocupar as pedonais para vendas de mercadoria­s. Essas vendedoras não cumprem as normas de distanciam­ento físico, nos dias reservados à venda ambulante. As medidas sanitárias não estão a ser respeitada­s. As vendas bens diversos. Vi recentemen­te vendedoras ambulantes na pedonal da Moagem da Estalagem. Em muitas pedonais não tem havido espaço para os peões circularem.

Aulas na televisão

Gostava de aproveitar o espaço de leitores para apelar aos encarregad­os de educação no sentido de levarem os seus educandos (das escolas primárias) a assistir às aulas que são dadas na Televisão Pública de Angola (Canal 2). Penso que era bom que nestes tempos de quarentena as crianças estivessem em frente aos televisore­s para adquirirem novos conhecimen­tos ou fazerem revisões. Como muitos encarregad­os se encontram em casa com os seus filhos ou educandos, o facto devia ser aproveitad­o para que as crianças fossem incentivad­as a acompanhar o que os professore­s na televisão ensinam, no interesse das crianças do ensino primário.

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