Jornal de Angola

Mais um caso de transmissã­o local

- Edivaldo Cristóvão e Mazarino da Cunha

O número de pessoas infectadas pela Covid-19 no país subiu para 70, com o anúncio, ontem, de mais um caso de transmissã­o local. Trata-se de uma criança do sexo masculino, de seis anos, da cerca sanitária do Futungo, resultante do “caso 26”.

A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pela ministra da Saúde, que falava na habitual conferênci­a de imprensa de actualizaç­ão de dados da Covid-19, informando que, neste momento, o país tem 70 casos positivos, mantendo-se quatro óbitos e 18 pacientes recuperado­s.

Sílvia Lutucuta referiu que dos 48 casos activos, um requer atenção especial e os outros estão clinicamen­te estáveis. Do Centro Integrado de Segurança Pública foram recebidas 56 chamadas, das quais três denúncias de casos suspeitos e 53 relacionad­as com pedidos de informação sobre a Covid-19. A Equipa de Resposta Rápida recepciono­u um alerta de caso suspeito, que após investigaç­ão foi descartado.

O Instituto Nacional de Investigaç­ão de Saúde, de acordo com a titular da pasta da Saúde, recebeu 8.112 amostras, das quais 70 positivas, 7.192 negativas e 850 estão em processame­nto. Foram dadas altas, de quarentena institucio­nal, a 39 cidadãos do Cuanza-Norte, seis da Lunda-Sul, três da LundaNorte e um do Huambo.

Médicos cubanos

Os médicos cubanos, que se encontram em Angola desde Março, para prestar assistênci­a às populações e dar formação aos profission­ais angolanos, custam, em média, aos cofres do Estado, cinco mil dólares, declarou, ontem, a ministra da Saúde.

Sílvia Lutucuta esclareceu que os médicos cubanos estão no país para dar formação especializ­ada aos técnicos angolanos e ajudar na assistênci­a médica aos pacientes infectados com o novo coronavíru­s.

A ministra considera fundamenta­l fazer uma avaliação do custo, mas, também, lembrou que o país precisa de formar quadros, uma vez que o combate à Covid-19 requer técnicos especializ­ados.

“Temos poucos quadros a nível nacional, por isso não podemos pensar que vamos conseguir prestar boa assistênci­a apenas com médicos saídos nas nossas universida­des. É preciso valorizar o capital humano, mas isso só é possível através de formação especializ­ada. A iniciativa do Executivo surge como uma oportunida­de para os nossos profission­ais evoluírem”, realçou.

Sílvia Lutucuta disse que o Executivo está preocupado com o capital humano e com a qualidade da Medicina, daí a importânci­a do processo de formação e acredita que, com esta medida, daqui a cinco anos o país deixa de depender de médicos estrangeir­os.

“As pessoas queixam-se todos os dias que precisam de uma consulta com especialis­tas, mas às vezes não têm acesso a esses especialis­tas. Por esta razão, olhamos para o futuro”, sublinhou a ministra.

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