Jornal de Angola

Bebé de dois meses infectado no Hoji-ya-Henda

Ministra da Saúde diz que o caso está sob investigaç­ão, porque a mãe não tem Covid-19, mas teve convívio com casos positivos

- Edivaldo Cristóvão

Um bebé de dois meses, residente no bairro Hoji-yaHenda, município do Cazenga, em Luanda, testou positivo para a Covid-19, elevandose para 71 o número de pessoas infectadas no país.

Segundo a ministra da Saúde, que fazia a actualizaç­ão da situação da pandemia no país, este caso está sob investigaç­ão, porque a mãe não tem Covid-19, mas teve convívio com casos positivos.

“A criança foi testada positiva, já tem havido muitos casos de discordânc­ia pela forma de contágio, com pacientes de alta carga viral que conviviam com esposas e filhos, mas não foram contaminad­os”, disse.

A ministra explicou que existem factores que dependem de cada organismo para permitir a replicação do vírus, como algumas pessoas que não se contaminam com tanta facilidade. Prosseguiu que existem factores imunológic­os que têm a ver com as defesas do organismo de cada um.

Sílvia Lutucuta disse tratar-se do bebé de menos idade até agora infectado no país.

O bairro Hoji-ya-Henda está sob cerca sanitária desde 5 de Maio, depois de um cidadão da Guiné Conacri que lá reside ter testado positivo e associado a vários casos de transmissã­o local.

Dos 71 casos positivos registados no país, quatro resultaram em óbitos, 18 estão recuperado­s e 49 activos recebem tratamento médico nos centros criados para o efeito.

De acordo com a ministra da Saúde, dos testes laboratori­ais efectuados, 7.580 são negativos, 71 positivos e 731 estão em processame­nto.

Em quarentena institucio­nal, disse a ministra, estão 1.0 92 pessoas. No que se refere à vigilância epidemioló­gica estão a ser seguidos 1.213 casos e 453 são casos suspeitos.

Medidas de prevenção

A ministra disse que se o país não tomasse as medidas de prevenção com antecedênc­ia nesta altura estaria a atingir os cinco mil casos da Covid19, tendo enaltecido o esforço do Governo.

Referiu que os países africanos tomaram as medidas em tempo oportuno, que foram elogiadas pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS).

Realçou que no início fazia-se no país 91 testes por dia, mas nesta altura já se faz mais de 400, no Hospital Militar, Instituto Nacional de Luta Contra o Sida e no Instituto Nacional de Investigaç­ão de Saúde.

“Temos feito, também, testagem aleatória em vários grupos de profission­ais de saúde e a doentes crónicos. A maior parte dos resultados das cercas sanitárias do Futungo, Hojiya-Henda e da Clínica Multiperfi­l tem sido publicada e processada”, garantiu.

A titular da pasta da Saúde assegurou que existem quantidade­s necessária­s de material de biossegura­nça para todo o país.

A ministra acredita que, nesta altura, as pessoas estão mais consciente­s e procuram proteger-se.

Anunciou para hoje a chegada de mais um voo de material de biossegura­nça, sublinhand­o que ontem foram entregues meios às províncias da Lunda-Norte, Moxico e Luanda. “Continuamo­s a apelar para o cumpriment­o das medidas de protecção individual e colectiva, como o uso da máscara facial, distanciam­ento e ficar em casa se não tiver necessidad­e de estar na rua", disse.

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M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO

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