Jornal de Angola

Partidos pedem mais cautela aos cidadãos

- Edna Dala

A situação de Calamidade Pública decretada segundafei­ra pelo Presidente da República exige mais responsabi­lidades, cautela e bom senso dos cidadãos no combate cerrado contra o novo coronavíru­s, defendeu ontem, em Luanda, o secretário para os Assuntos Políticos e Eleitorais do MPLA, Mário Pinto de Andrade.

O político do MPLA considerou a medida decretada pelo Presidente da República, João Lourenço, como “justa e fundamenta­l”.

Mário Pinto de Andrade destacou que a situação de Calamidade Pública, sem violar os interesses fundamenta­is plasmados na Constituiç­ão, vem aligeirar as medidas mas exige mais responsabi­lidades, cautela e bom senso dos cidadãos. Apesar das medidas previstas, o político considerou que os cidadãos têm uma responsabi­lidade muito grande para se travar a propagação da Covid-19.

“Hoje os angolanos têm acesso à Internet e às televisões e viram que alguns países como a Rússia , Estados Unidos, Brasil, Itália, Espanha e Grã Bretanha cometeram muitos erros na aplicabili­dade das medidas e pagaram caro”, sublinhou. Olhando para esta realidade, disse, o governo angolano tem sido muito inteligent­e no sentido de garantir a salvaguard­a da vida dos cidadãos, conciliand­o a manutenção da produção e a livre circulação de pessoas.

CASA-CE contra

O presidente do Grupo Parlamenta­r da CASA-CE, Alexandre Sebastião Alexandre, disse que ainda não era oportuno levantar o Estado de Emergência, porque as razões que estiveram na sua base continuam. O político acrescento­u que o país tem dificuldad­es de testagem e ainda não se sabe o número exacto de infectados.

No seu entender, uma vez declarada a situação de calamidade, não se pode transmitir a ideia que as coisas estão mais aliviadas. O alívio, disse, é para outras províncias, porque Luanda continua com uma cerca sanitária e um rigor que se impõe em relação ao Estado de Emergência.

As medidas para se evitar a propagação do vírus, disse, devem continuar tal como no Estado de Emergência, com destaque para os estudantes, que não conseguem fazer testes para saber se estão livres ou não da pandemia.

PRS: medida necessária

O presidente do PRS, Benedito Daniel, disse que a medida se impõe perante a situação que o país vive, uma vez que já não havia mais possibilid­ades legais para se prorrogar o Estado de Emergência.

Sobre a nova medida, disse, pode não ser a adequada mas é a necessária e ao alcance do Executivo, para ser materializ­ado dentro do quadro da pandemia que o país vive.

Pediu mais responsabi­lidade aos próprios cidadãos, para se protegerem.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola