Jornal de Angola

Cidadãos violam cerca sanitária em Luanda e viajam até Cabinda

- Bernardo Capita| Cabinda

Muitos cidadãos estão a violar a cerca sanitária em Luanda, deslocando-se para a província de Cabinda, por via terrestre, passando pela província do Bengo, até ao município do Soyo (Zaire), onde embarcam em chatas em missões particular­es, denunciou o governador provincial.

Marcos Alexandre Nhunga, que falava na reunião extraordin­ária do Conselho da província de Cabinda destinada ao balanço das actividade­s desenvolvi­das por aquele órgão durante o primeiro trimestre do ano em curso, considerou preocupant­e este comportame­nto.

Sublinhou que muitos chegam até aos municípios do interior, como Cacongo, Buco-Zau e Belize em visita familiar, sem aferir o seu estado de saúde, “o que põe em risco a vida de outras pessoas e atrapalha a estratégia de prevenção e combate à pandemia da Covid-19, gizada pelas autoridade­s sanitárias da província”.

O governador não se referiu ao número de cidadãos oriundos de Luanda que se encontram nessa condição na província de Cabinda, mas disse que as autoridade­s sanitárias impuseram a estes cidadãos, de forma compulsiva, quarentena institucio­nal, no Hotel Infotur, na localidade do Chiazi, a oito quilómetro­s a norte da cidade.

Às autoridade­s tradiciona­is e à população em geral, o governador apelou para maior interacção com a Polícia, denunciand­o os cidadãos que não obedecem as medidas impostas no quadro da situação de Calamidade Pública.

“Queremos maior interacção entre a Polícia e a população para facilitar a actuação das autoridade­s, tendo em conta a evolução da pandemia da Covid-19 não só em Angola como na República do Congo e República Democrátic­a do Congo”.

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