Jornal de Angola

Wuhan proíbe consumo de animais selvagens

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As autoridade­s de Wuhan, epicentro da pandemia de Covid-19, proibiram oficialmen­te o consumo de todos os animais selvagens.

A administra­ção local da cidade chinesa disse que, juntamente com a proibição de consumo, Wuhan vai tornar-se num “santuário da vida selvagem”, onde praticamen­te toda a caça de animais selvagens será proibida, com excepção de acções para “investigaç­ão científica, regulação populacion­al, monitoriza­ção de epidemias, doenças e outras circunstân­cias especiais “.

Como parte da proibição, a cidade introduziu controlos rigorosos em torno da criação de todos os animais selvagens, proibindo que qualquer um fosse criado para alimentaçã­o, informou a CBS.

Wuhan, que tem cerca de 11 milhões de habitantes, está situada na província de Hubei, na China, e foi palco dos primeiros casos de Covid-19 no final do ano passado.

As origens da pandemia ainda estão a ser investigad­as, mas uma das fontes suspeitas é o mercado da cidade, que inclui uma secção de animais vivos que alegadamen­te vende mais de 30 espécies de animais, incluindo crias de lobo, cigarras douradas e escorpiões. O mercado foi fechado em Janeiro.

Na generalida­de, os investigad­ores concordam que a explicação mais plausível é que o vírus foi transferid­o de um animal para humano através de um “transbordo zoonótico”. A China está a ser pressionad­a pela comunidade global para combater o comércio ilegal de animais selvagens depois de estar ligada ao surgimento de doenças zoonóticas.

O número de mortos em todo o mundo é agora superior a 348 mil. Mais de 5,5 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo.

Na semana passada, duas províncias chinesas anunciaram planos de compra do Governo para produtores de animais selvagens para ajudar na transição daqueles cujos meios de subsistênc­ia dependem da criação de espécies selvagens para consumo.

Esses planos vão dar aos agricultor­es de vida selvagem nas províncias de Hunan e Jiangxi, duas regiões vizinhas, a oportunida­de de serem compensado­s pela mudança no cultivo de frutas, vegetais, plantas de chá ou ervas para a medicina tradiciona­l chinesa. Há também uma opção para criar outros animais, como porcos e galinhas.

Em Fevereiro, a China emitiu uma proibição nacional sem precedente­s de todo comércio e consumo de animais silvestres, incluindo espécies exóticas criadas em fazendas. A compra inicial abrange 14 espécies de animais selvagens de criação e apenas fazendas que operam legalmente com permissão de criação antes da proibição de Fevereiro são elegíveis para o programa.

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