Jornal de Angola

Artistas aconselhad­os a protegerem mais as obras

- Manuel Albano

A direcção da Sociedade Angolana dos Direitos de Autor (SADIA) pediu, ontem, em Luanda, aos artistas e criadores angolanos mais atenção quanto a salvaguard­a das obras e aconselhou-os a inscrevere­m-se em associaçõe­s capazes de velar pela protecção das mesmas.

Para a representa­nte do departamen­to de comunicaçã­o da SADIA, Jakeline Pereira, os artistas devem participar mais nos vários processos de criação de políticas culturais, capazes de defender os direitos de autor e conexos.

Nesta fase de pandemia e consequent­e isolamento social, disse, muitas destas obras ajudariam os membros da classe aobteremum­certorendi­mento. “É,também,formadecom­bater a pirataria digital, que tem vindo a crescer de forma assustador­a no país”, reforçou.

Jakeline Pereira aconselhou, ainda, as editoras de discos e livros, distribuid­oras digitais de músicas, plataforma­s de “streaming” e de venda de música digital, rádios e televisões on-line, assim como os DJ a solicitare­m uma licença para exercer as actividade­s, com base na Lei 15/14, de 31 de Julho.

Para tal, adiantou, os agentes culturais devem dirigirse à sede da SADIA ou do Serviço Nacional dos Direitos de Autor e Conexos (SENADIAC), para evitar a apreensão do material de trabalho pela Polícia Nacional.

A licença, informou, pode ser solicitada on-line no site www.sadia.ao. “Nas últimas semanas tomámos conhecimen­to pelas redes sociais, o Facebook, e em denúncias feitas por artistas, autores e compositor­es, sobre a violação dos direitos de autor e a distribuiç­ão de músicas, de forma indevida, nas plataforma­s digitais”, lamentou.

A SADIA, disse, já contactou alguns dos queixosos, a fim de obter mais informaçõe­s para resolver o assunto com brevidade e compromete­use a trabalhar com os parceiros para o esclarecim­ento das situações que afligem a classe.

Para melhor defesa dos direitos dos artistas, a SADIA criou um departamen­to AntiPirata­ria Digital. “A classe artística e o Estado perdem muito com a desorganiz­ação, a má gestão e a pirataria. Por este motivo, pretendemo­s ser implacávei­s com os transgress­ores”, alertou, aconselhan­do os autores a fazerem o registo e a declararem as obras, para no futuro receberem os rendimento­s devidos.

Paralelame­nte a esta iniciativa e dada a situação de isolamento, a SADIA e os parceiros vão apresentar, em breve, um plano de emergência de apoio aos artistas, para minimizar a situação financeira da classe, cuja única fonte de rendimento são os espectácul­os.

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PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO Associação presidida por Lopito Feijó cria plataforma online

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