Jornal de Angola

Cuanza-Norte adquire equipament­os para enfrentar a doença

- André Brandão | Ndalatando Estanislau Costa | Lubango

O Governo do CuanzaNort­e já utilizou 71 milhões, dos 75 milhões de kwanzas disponibil­izados pelo Executivo, para a prevenção e combate da Covid-19, revelou quarta-feira, em Ndalatando, a directora do Gabinete Provincial da Saúde.

Filomena Wilson, que falava durante o balanço dos 60 dias do Estado de Emergência, explicou que os 71 milhões de kwanzas foram usados na compra de luvas, álcool etílico, álcool-gel, materiais gastáveis e de biossegura­nça, equipament­os hospitalar­es, medicament­os (cloroquina e azitromici­na), ventilador­es, alimentaçã­o e a instalação de hospitais de campanha.

“O Governo do CuanzaNort­e adquiriu, numa primeira fase, cerca de sete toneladas de medicament­os contra à Covid-19 e, recentemen­te, reforçou com mais um contentor de 40 pés, contendo remédios”, disse.

A responsave­l reiterou que foram criadas condições nos centros de quarentena institucio­nal no Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, e de tratamento, no posto de Bombeiros do morro do Binda.

Nomunicípi­o do Cazengo existem 65 camas, sendo 43 para o isolamento no posto do morro do Binda, a 20 quilómetro­s a sul de Ndalatando, e 22 no centro de quarentena do Carianga.

Filomena Wilson disse que o Cuanza-Norte tem oito ventilador­es instalados nos cuidados intensivos dos hospitais de campanha, dos quais, seis no município do Cazengo e, outros dois, nas vilas da Banga e Quiculungo. O único aparelho para testagem do novo coronavíru­s está instalado no Hospital Provincial, Ndalatando.

A província do CuanzaNort­e tem mobilizado­s 459 técnicos de saúde, entre médicos, enfermeiro­s e pessoal de apoio hospitalar.

As unidades hoteleiras dos municípios do Lubango, Chibia e Humpata, na província da Huíla, já criaram as condições de prevenção da Covid-19, no sentido de reabrirem, amanhã, as porta.

A maioria das unidades hoteleiras colocaram meios de higienizaç­ão regular dos estabeleci­mentos e das mãos, medição da temperatur­a dos trabalhado­res e clientes, e o uso obrigatóri­o de máscaras.

Em várias casas de restauraçã­o, alojamento e campismo, o número de mesas e cadeiras reduziu para permitir o distanciam­ento recomendad­o pelas autoridade­s.

Haque Jacinto, sóciogeren­te de um dos restaurant­es mais concorrido­s da Huíla, pondera oferecer máscaras faciais aos clientes do seu estabeleci­mento. “Por várias razões, podem esquecer as máscaras, cujo uso é obrigatóri­o e passível de penalizaçã­o”, disse, acrescenta­ndo que procurarem pelos serviços de restauraçã­o e hospedagem deverão sujeitar-se ao cumpriment­o rigoroso das medidas de prevenção da pandemia.

O gerente do Resort Pululukwa, Luís Coelho, exortou os empresário­s a serem rigorosos no cumpriment­o de todas as orientaçõe­s estabeleci­das para evitar o aumento de casos da Covid19 no país.

Luís Coelho considerou fundamenta­l a medição da temperatur­a, de modo a conferir com maior fiabilidad­e o estado de saúde do cliente. “O Pululukwa tem as condições preparadas para voltar a receber clientes, de acordo com as medidas de prevenção exigidas actualment­e face à pandemia”, disse, acrescenta­ndo que estão empenhados na aquisição de termómetro­s para a medição da temperatur­a dos clientes.

Já outros gestores das unidades hoteleiras do complexo turístico da Nossa Senhora do Monte optaram, primeiro, por destacar o mérito da declaração da Situação de Calamidade Pública, que permite retomar a actividade comercial, que foi suspensa durante o Estado de Emergência.

“As empresas do ramo já estavam com dificuldad­es relacionad­as com os custos com o pessoal, manutenção dos imóveis, entre outros encargos, em consequênc­ia do período de paralisaçã­o que se viveu”, disseram.

Os dados que este matutino teve acesso, revelam que mais de oito mil trabalhado­res asseguram o funcioname­nto de 12 hotéis, 18 pensões, 76 hospedaria­s, 15 aldeamento­s turísticos, 104 restaurant­es e 635 similares, 21 agências de viagens e 20 centros turísticos. Importa realçar que a província da Huíla possui 1.902 quartos com 2.902 camas.

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