Cuanza-Norte adquire equipamentos para enfrentar a doença
O Governo do CuanzaNorte já utilizou 71 milhões, dos 75 milhões de kwanzas disponibilizados pelo Executivo, para a prevenção e combate da Covid-19, revelou quarta-feira, em Ndalatando, a directora do Gabinete Provincial da Saúde.
Filomena Wilson, que falava durante o balanço dos 60 dias do Estado de Emergência, explicou que os 71 milhões de kwanzas foram usados na compra de luvas, álcool etílico, álcool-gel, materiais gastáveis e de biossegurança, equipamentos hospitalares, medicamentos (cloroquina e azitromicina), ventiladores, alimentação e a instalação de hospitais de campanha.
“O Governo do CuanzaNorte adquiriu, numa primeira fase, cerca de sete toneladas de medicamentos contra à Covid-19 e, recentemente, reforçou com mais um contentor de 40 pés, contendo remédios”, disse.
A responsavel reiterou que foram criadas condições nos centros de quarentena institucional no Aeroporto Comandante Ngueto, em Carianga, e de tratamento, no posto de Bombeiros do morro do Binda.
Nomunicípio do Cazengo existem 65 camas, sendo 43 para o isolamento no posto do morro do Binda, a 20 quilómetros a sul de Ndalatando, e 22 no centro de quarentena do Carianga.
Filomena Wilson disse que o Cuanza-Norte tem oito ventiladores instalados nos cuidados intensivos dos hospitais de campanha, dos quais, seis no município do Cazengo e, outros dois, nas vilas da Banga e Quiculungo. O único aparelho para testagem do novo coronavírus está instalado no Hospital Provincial, Ndalatando.
A província do CuanzaNorte tem mobilizados 459 técnicos de saúde, entre médicos, enfermeiros e pessoal de apoio hospitalar.
As unidades hoteleiras dos municípios do Lubango, Chibia e Humpata, na província da Huíla, já criaram as condições de prevenção da Covid-19, no sentido de reabrirem, amanhã, as porta.
A maioria das unidades hoteleiras colocaram meios de higienização regular dos estabelecimentos e das mãos, medição da temperatura dos trabalhadores e clientes, e o uso obrigatório de máscaras.
Em várias casas de restauração, alojamento e campismo, o número de mesas e cadeiras reduziu para permitir o distanciamento recomendado pelas autoridades.
Haque Jacinto, sóciogerente de um dos restaurantes mais concorridos da Huíla, pondera oferecer máscaras faciais aos clientes do seu estabelecimento. “Por várias razões, podem esquecer as máscaras, cujo uso é obrigatório e passível de penalização”, disse, acrescentando que procurarem pelos serviços de restauração e hospedagem deverão sujeitar-se ao cumprimento rigoroso das medidas de prevenção da pandemia.
O gerente do Resort Pululukwa, Luís Coelho, exortou os empresários a serem rigorosos no cumprimento de todas as orientações estabelecidas para evitar o aumento de casos da Covid19 no país.
Luís Coelho considerou fundamental a medição da temperatura, de modo a conferir com maior fiabilidade o estado de saúde do cliente. “O Pululukwa tem as condições preparadas para voltar a receber clientes, de acordo com as medidas de prevenção exigidas actualmente face à pandemia”, disse, acrescentando que estão empenhados na aquisição de termómetros para a medição da temperatura dos clientes.
Já outros gestores das unidades hoteleiras do complexo turístico da Nossa Senhora do Monte optaram, primeiro, por destacar o mérito da declaração da Situação de Calamidade Pública, que permite retomar a actividade comercial, que foi suspensa durante o Estado de Emergência.
“As empresas do ramo já estavam com dificuldades relacionadas com os custos com o pessoal, manutenção dos imóveis, entre outros encargos, em consequência do período de paralisação que se viveu”, disseram.
Os dados que este matutino teve acesso, revelam que mais de oito mil trabalhadores asseguram o funcionamento de 12 hotéis, 18 pensões, 76 hospedarias, 15 aldeamentos turísticos, 104 restaurantes e 635 similares, 21 agências de viagens e 20 centros turísticos. Importa realçar que a província da Huíla possui 1.902 quartos com 2.902 camas.