Jornal de Angola

Alívio financeiro chega às províncias

- Mário Clemente | Caxito

Várias empresas das províncias do Zaire, Cuanza Sul, Bié, Bengo, Malanje, LundaSul, Moxico, Huambo, LundaNorte, Cuando Cubango e Cabinda assinaram, quartafeir­a e ontem, um memorando de entendimen­to com o INAPEM e o Banco de Desenvolvi­mento de Angola (BDA), para acesso ao crédito, no quadro das medidas de alívio económico, para mitigar os efeitos nefastos que a pandemia do novo coronavíru­s está a causar à tesouraria das empresas.

As medidas de alívio económico, uma iniciativa do Governo aprovada em Abril e que visa acudir micro, pequena e médias empresas com dificuldad­es, resultante­s do confinamen­to social forçado para conter a propagação do Coronavíru­s, contam com um pacote financeiro de 488 mil milhões de kwanzas.

No Bengo, 11 empresas que actuam no ramo do Comércio e Distribuiç­ão de Produtos assinaram ontem, em Caxito, o memorando de alívio económico para atenuar os efeitos da crise provocada pela Covid-19.

A directora do Gabinete Provincial para o Desenvolvi­mento Económico do Bengo, Fátima Ramos Sebastião, disse, durante o acto, que o memorando consiste em tomar medidas de apoio face às dificuldad­es causadas pela pandemia.

Fátima Ramos Sebastião notou que essa é a primeira fase, pois, todas as províncias vão assinar o memorando com o INAPEM, que tem o controlo das micro, pequenas e médias empresas, seguindo-se, depois, a assinatura com o BDA.

O chefe de Departamen­to de apoio empresaria­l do INAPEM Bengo, Augusto Fula, disse que o documento assinado pelas empresas é o resultado do trabalho que vem sendo preparado desde Dezembro último. “Com o surgimento da pandemia que assola o país e não só, o empresaria­do ficou muito abalado e, nesta conformida­de, o Governo achou convenient­e apoiar com meios financeiro­s as empresas que sofrem muito nesta fase”, concluiu.

A directora da empresa ARSEL LDA, Maria Cruz Gomes, explicou que com a assinatura do memorando as expectativ­as são grandes, porque a situação económica do país assim o exige.

O BDA vai disponibil­izar uma linha de crédito de 26,4 mil milhões de kwanzas para comerciant­es, com uma taxa de nove por cento, maturidade de dois anos e um período de carência de 180 dias.

Constam dos produtos nacionais a financiar a fuba, o trigo, o açúcar, a massambala, o massango, a batata rena, batata-doce, mandioca, o feijão, a ginguba, soja, o girassol, a banana pão e de mesa, manga, abacate, os citrinos, o mamão e abacaxi, bem como tomate, cebola, alho, cenoura, beringela, repolho, pepino, couve, carne bovina e suína, aves, ovos, leite, mel, sal e peixes diversos.

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