Jornal de Angola

Ajuda financeira beneficia 1.815 famílias no Zaire

Além do dinheiro, o Programa “Kwenda” vai facilitar a inclusão de famílias em actividade­s geradoras de rendimento

- José Bule

Um total de 1.815 famílias vulnerávei­s residentes no município do Nzeto, província do Zaire, beneficia, a partir de amanhã (sábado), cada uma, de 8.500 kwanzas por mês, no âmbito do Programa de Transferên­cias Sociais Monetárias, denominado “Kwenda”, implementa­do pelo Executivo, anunciou, ontem, a ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher.

Faustina Inglês Alves, que fez a apresentaç­ão do projecto, na sala de conferênci­as do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, avançou que o programa destinado às famílias vulnerávei­s, criado para reforçar as acções de combate à fome e à pobreza no país, vai ser lançado na província do Zaire, nos próximos dias.

A ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher disse que, até ao final deste ano, o Programa Kwenda, orçado em 420 milhões de dólares, dos quais 320 milhões financiado­s pelo Banco Mundial e 100 milhões de kwanzas, pelo Tesouro Nacional, vai abranger, também, as localidade­s de Cambundi Catembo (Malange), Cacula (Huíla), Ombanja (Cunene) e Cuito Cuanavale (Cuando Cubango).

Cada família vai receber 25 mil e 500 kwanzas por trimestre, o equivalent­e a 8.500.00 kwanzas/mês.

As famílias foram selecciona­das com o apoio do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), Agentes de Desenvolvi­mento Comunitári­o e Sanitário (Adecos), administra­ções municipais e governos provinciai­s.

O programa vai facilitar a inclusão das famílias beneficiár­ias em actividade­s geradoras de rendimento, possibilit­ando o acesso a outros serviços sociais, como a atribuição do Bilhete de Identidade, assistênci­a médica e medicament­osa, nutrição para as crianças na fase mais crítica de desenvolvi­mento, alfabetiza­ção e vacinação de rotina.

Em relação aos critérios de selecção dos municípios mais pobres do país, o director-geral do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE), Camilo Ceita, disse que a instituiçã­o que dirige realizou um inquérito de despesas e receitas, para actualizar a taxa de pobreza do país, que já vinha desde 2008.

“Primeiro, identifica­mos os municípios-piloto e depois fizemos a extensão com as demais localidade­s. As famílias mais vulnerávei­s identifica­das estarão no Cadastro Único do Ministério da Acção Social, de formas que qualquer outro programa que possa acontecer, estas famílias estejam referencia­das a partir das suas condições de habitabili­dade e tamanho do agregado familiar”, esclareceu, na ocasião, o director-geral do INE.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Momento em que era apresentad­o o programa para o Zaire

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