Ajuda financeira beneficia 1.815 famílias no Zaire
Além do dinheiro, o Programa “Kwenda” vai facilitar a inclusão de famílias em actividades geradoras de rendimento
Um total de 1.815 famílias vulneráveis residentes no município do Nzeto, província do Zaire, beneficia, a partir de amanhã (sábado), cada uma, de 8.500 kwanzas por mês, no âmbito do Programa de Transferências Sociais Monetárias, denominado “Kwenda”, implementado pelo Executivo, anunciou, ontem, a ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher.
Faustina Inglês Alves, que fez a apresentação do projecto, na sala de conferências do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, avançou que o programa destinado às famílias vulneráveis, criado para reforçar as acções de combate à fome e à pobreza no país, vai ser lançado na província do Zaire, nos próximos dias.
A ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher disse que, até ao final deste ano, o Programa Kwenda, orçado em 420 milhões de dólares, dos quais 320 milhões financiados pelo Banco Mundial e 100 milhões de kwanzas, pelo Tesouro Nacional, vai abranger, também, as localidades de Cambundi Catembo (Malange), Cacula (Huíla), Ombanja (Cunene) e Cuito Cuanavale (Cuando Cubango).
Cada família vai receber 25 mil e 500 kwanzas por trimestre, o equivalente a 8.500.00 kwanzas/mês.
As famílias foram seleccionadas com o apoio do Instituto Nacional de Estatística (INE), Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (Adecos), administrações municipais e governos provinciais.
O programa vai facilitar a inclusão das famílias beneficiárias em actividades geradoras de rendimento, possibilitando o acesso a outros serviços sociais, como a atribuição do Bilhete de Identidade, assistência médica e medicamentosa, nutrição para as crianças na fase mais crítica de desenvolvimento, alfabetização e vacinação de rotina.
Em relação aos critérios de selecção dos municípios mais pobres do país, o director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), Camilo Ceita, disse que a instituição que dirige realizou um inquérito de despesas e receitas, para actualizar a taxa de pobreza do país, que já vinha desde 2008.
“Primeiro, identificamos os municípios-piloto e depois fizemos a extensão com as demais localidades. As famílias mais vulneráveis identificadas estarão no Cadastro Único do Ministério da Acção Social, de formas que qualquer outro programa que possa acontecer, estas famílias estejam referenciadas a partir das suas condições de habitabilidade e tamanho do agregado familiar”, esclareceu, na ocasião, o director-geral do INE.