Dificuldades de acesso humanitário
A representante permanente de Angola junto da ONU manifestou preocupação com as dificuldades de acesso humanitário em muitas situações de conflito armado, com as partes beligerantes a impedirem a prestação de assistência, como uma táctica de guerra, colocando mais a pressão sobre os civis.
A brutalização de civis, em total desrespeito ao Direito Internacional Humanitário, e a impunidade da maioria das partes em conflitos armados, que se tornaram uma característica endémica dos conflitos, agravando a situação das populações, bem como o uso generalizado de engenhos explosivos, com um impacto humanitário devastador nos civis e na infraestrutura civil, foram outras das preocupações apontadas.
Neste contexto, a embaixadora disse que Angola “se junta ao apelo do Secretário-Geral para a ampla ratificação da Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoal e sobre sua Destruição e para os Estados endossarem e implementarem a Declaração de Escolas Seguras”.
Maria de Jesus Ferreira concluiu a sua intervenção no debate aberto exortando o Conselho de Segurança e todos os actores internacionais “a irem além da retórica” e exigirem respeito ao Direito Internacional Humanitário, liderar esforços para acabar com a impunidade, responsabilizar os autores (dos crimes) e facilitar as decisões e acções que respondam à realidade global actual.