Nova Esperança

A nomeação de Joana Lina para governadora provincial de Luanda faz renascer a esperança dos que a habitam e nela trabalham de começarem a ver resolvidos alguns dos problemas que a afectam.

A tarefa não é fácil, tendo em conta o acumular de situações, algumas das quais persistem por razões que a razão desconhece, como é, entre tantas, o não aproveitamento do Cacimbo para, por exemplo, podar árvores e arbustos, tratar de jardins, criar espaços verdes, acabar com lagoas da chuva, buracos, de todos os diâmetros, em artérias e passeios, desentupir as poucas sarjetas que restam. A lista, como todos sabem, é vasta e a nova governadora conhece-a. No fundo, o que se pretende é que ajude a província a respirar melhor, torná-la mais aprazível para os que a habitam e trabalham nela, mas, também, que aqueles que a visitam não saiam daqui como “diabo a fugir da cruz”, pelo contrário, a querer voltar.

Os problemas, neste caso de Luanda - referimo-nos apenas aos dependentes do Governo Provincial, Comissão Administrativa e administrações - são para resolver, com soluções que têm de ser encontradas e não se fiquem por anúncios vazios de intenções.

A nova governadora tem contra ela o amontoado de casos sucessivamente adiados ao longo de décadas e, como se tal não bastasse, um empecilho chamado coronavírus. Em contrapartida, reúne experiência de governação que lhe há-de ser útil nesta nova fase da vida pessoal e política.

Os luandenses, com razões para voltar a sentir esperança, fazem força para que tal suceda e não os façam esperar muito.

A cidade de Luanda é, quer se queira ou não, a entrada da maioria dos estrangeiros que pretendem investir no país e, reconheçase, não constitui, para já, o “cartão de apresentação” desejável. No que toca à higiene pública, iluminação, sinalizaçãoautomóvel e de transeuntes, urbanização. Todos estes problemas requerem há muito atenção que não tem merecido de vários organismos, entre os quais o Governo Provincial, nem dos respectivos responsáveis.

As substituições de titulares de cargos políticos obedecem a várias razões, mas sejam elas quais forem, em princípio, pretendem servir melhor o cidadão anónimo. Por isso,também,a nomeação de Joana Lina para governadora de Luanda deve constituir sinónimo de reconhcimento de que a capital e a província, onde se situa, podem e devem melhorar em vários aspectos e que a escolhida é pessoa capaz.