Turismo cai 26% em Cabo Verde
A procura turística em Cabo Verde caiu 26,9% no primeiro trimestre deste ano, face a 2019, para 170.778 hóspedes, devido à pandemia da Covid19, segundo um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano consultado ontem pela Lusa.
De acordo com o relatório sobre movimentação de hóspedes relativo ao primeiro trimestre, as dormidas neste período, face aos três primeiros meses de 2019, também caíram 29%, para um total de 996.291.
Os turistas do Reino Unido, acrescenta-se no relatório, “foram os que permaneceram mais tempo em Cabo Verde”, com uma estadia média de 7,5 noites, sendo igualmente o principal país emissor de turistas para o mercado caboverdiano (20,7% do total das entradas), à frente da França (13,3%), Alemanha (11,9%) e Países Baixos (11,4%).
Sal “foi a ilha mais procurada pelos turistas”, representando cerca de 45% das entradas nos estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde, seguida da Boa Vista, com 29,2%, e de Santiago, com 9,9%, refere ainda o INE.
A estadia média, global, em Cabo Verde desceu para 5,6 noites (-0,2 pontos percentuais) e a taxa de ocupação diminuiu para 53%, face aos 60% do primeiro trimestre de 2019.
Devido à pandemia da Covid-19, o INE sublinha que a taxa de resposta das unidades hoteleiras ao inquérito “ficou abaixo do normal”, tendo sido necessário estimar resultados nos estabelecimentos encerrados.
Como medida para travar a progressão da Covid-19 no arquipélago, o Governo caboverdiano suspendeu todos os voos internacionais desde 19 de Março e, dez dias depois, as ligações inter-ilhas, restrições que só serão levantadas no final deste mês.
Asunidadeshoteleirascaboverdianas receberam no ano passado 819.308 hóspedes, umaumentode7%facea2018, e5.117.403dormidas,umcrescimento também homólogo de3,7%,segundodadosanteriores do INE.