Kabuscorp tem condições para competir no futebol
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A cumprir o castigo imposto pela FIFA, por dívidas não honradas dentro dos prazos, com o brasileiro Rivaldo, o Kabuscorp do Palanca tem, de acordo com o seu proprietário e presidente, Bento Kangamba, condições para competir com regularidade na próxima época futebolística.
A cumprir o castigo imposto pela FIFA, por dívidas não honradas dentro dos prazos, com o brasileiro Rivaldo, o Kabuscorp do Palanca tem, de acordo com o seu proprietário e presidente, Bento Kangamba, condições para competir com regularidade na próxima época futebolística.
Em entrevista concedida há duas semanas, ao Jornal de Angola, o dirigente do clube do popular distrito urbano de Luanda manifestou-se confiante no regresso ao Girabola. Para tal, conta com os préstimos do técnico português Paulo Torres e de muitos jogadores emprestados a vários clubes, com destaque para Doutor Lami, cedido ao FC Bravos do Maquis.
“A próxima época, garanto-vos, estaremos a competir regularmente. Teremos o Provincial de Luanda. Esperamos estar no apuramento. Só não sei quantas equipas poderão aparecer. Acho que em Luanda o nosso adversário será o ASA, que está a trabalhar na reorganização. Temos capacidade para competir”, disse Kangamba, muito antes do anúncio feito por José Luís Prata, novo presidente dos aviadores, a afastar o futebol de seniores da agremiação, durante dois anos.
“Temos as condições reunidas. Jogadores e equipa técnica. Os atletas têm contrato. Mandámos para vários clubes. A qualquer momento podem regressar. Os que fizeram a fase provincial da Taça de Angola estão aí, liderados por Paulo Torres. O clube está vivo. Estivemos nos últimos tempos a tratar de questões administrativas e da recuperação das nossas instalações. Estamos bem!”.
Caminhos da subida
Sem rodeios, o líder do Kabuscorp, fundado a 5 de Dezembro de 1994, campeão do Girabola de 2013, com o búlgaro Edouard Antranik, e vencedor da Supertaça de Angola de 2014, apontou o regresso à I Divisão como objectivo imediato, tarefa a ser cumprida com relativa facilidade, a julgar pelos moldes de disputa do torneio de apuramento.
“Provavelmente teremos equipas do Bengo e de outras províncias aqui próximas, no apuramento para o Girabola. Mas são jogos fáceis. Hoje chegar à primeira divisão custa menos que no outro tempo. Lembro-me do período em que defrontámos a Cuca, a Nocal, a Sécil Marítima, o Inter de Luanda, o Rodoviário e o Vitória do Sambizanga. A equipa vencedora do Provincial de Luanda chegava com muita rodagem. Eram muitos jogos. Em 2005 tivemos uma boa prestação. Perdemos apenas um jogo, que foi frente ao Inter”, destacou.
Filhos e enteados
Apesar de afastado do Girabola, Kangamba segue as incidências da competição e, chamado a comentar algumas medidas disciplinares, acusou o elenco presidido por Artur de Almeida e Silva de usar dois pesos e duas medidas, no caso que culminou na desclassificação do 1º de Maio de Benguela, por ter dado a segunda falta de comparência.
“Quanto ao 1º de Maio, a FAF revelou que tem filhos e enteados. Não foram razões desportivas que motivaram a descida do clube. Mais parecem pessoais, porque tivemos vários jogos em atraso. Era possível remarcar o desafio com o Santa Rita de Cássia. O 1º de Maio é um clube histórico. Isso tem de ser levado em consideração. A mesma história que a Federação teve em atenção noutros casos. Os clubes com problemas mais graves foram o Petro de Luanda, o 1º de Agosto e o Interclube. Quando foi do empate com o Desportivo da Huíla, as equipas perderam pontos. No entanto, não desceram de divisão, como diz o regulamento, porque respeitaram a história. Isso está no comunicado. Tem de haver equilíbrio”.