Jornal de Angola

Revelado nome do assassino de Olof Palme

Em texto publicado na edição de 10.06, uma quarta-feira, o Diário de Notícias revelava que na manhã desse dia as autoridade­s suecas anunciaram o nome do homem que terá matado o Primeiro-Ministro Olof Palme na noite de 28 de Fevereiro de 1986. O suspeito m

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As autoridade­s suecas anunciaram o nome do homem que terá matado o PrimeiroMi­nistro Olof Palme, na noite de 28 de Fevereiro de 1986, em Estocolmo, quando se dirigia ao metro a caminho de casa.Conhecido como Skandia Man, por trabalhar para a companhia de seguros Skandia, o homem matou-se em 2000, ficando assim impune pelo crime que cometeu.

Na rua mais movimentad­a de Estocolmo, Sveavägen, na noite do dia 28 de Fevereiro de 1986, Olof e Lisbeth Palme regressam a casa a pé, a caminho do metro. Para trás ficaram o filho e a namorada e uma sessão de cinema não planeada, razão pela qual havia dispensado os guarda-costas. Às 23h21 o PrimeiroMi­nistro é atingido mortalment­e com um tiro pelas costas, a curta distância. A mulher também, mas o

ferimento não se revela fatal.

A caça ao homem que matou um dos mais importante­s políticos do século XX, deixando-o a morrer numa poça de sangue com a mulher ao lado em estado de choque, começou apenas quatro minutos depois. Mas foi preciso esperar mais de três décadas para a Polícia sueca anunciar o nome do culpado: Stig Engstrom.

Conhecido como Skandia Man, por trabalhar para a companhia de seguros Skandia, o homem matou-se em 2000, ficando assim impune pelo crime que cometeu.

"A pessoa é Stig Engstrom", anunciou o procurador Krister Petersson, pondo fim a uma investigaç­ão que levou as autoridade­s suecas a interrogar milhares de pessoas, tendo chegado a acusar um pequeno criminoso pelo crime, apenas para depois o ilibar. "Uma vez que o culpado está morto, não posso apresentar queixa contra ele e vamos suspender a investigaç­ão", afirmou Petersson.

Engstrom não entrou logo na lista de suspeitos, apesar de estar no local do crime na altura, mas uma nova investigaç­ão descobriu que tinha treino para usar armas, fora militar e pertencia a um clube de tiro. O procurador anunciou ainda que, além de viver numa zona onde as políticas socialista­s de Palme não eram apreciadas, Engstrom debatia-se com problemas financeiro­s e de alcoolismo.

Petersson assumiu a investigaç­ão em 2017 de um processo que ocupa 250 metros de espaço de prateleira­s. Apesar de ter sido uma das 20 pessoas que testemunha­ram o homicídio de Palme, Engstrom começou por não ser considerad­o suspeito. Só 18 anos depois de se ter suicidado é que o agente de seguros passou a estar na mira do jornalista de investigaç­ão Thomas Petersson, convencido que Engstrom agira por discordar das ideias de esquerda do Primeiro-Ministro.

Engstrom, veio a saber-se, mentiu sobre os seus actos depois do crime, tendo chegado a afirmar que tentara reanimar Palme. Interrogad­a pela polícia em 2017, a sua ex-mulher afirmou no ano seguinte ao jornal Expressen que nunca suspeitara do marido: "Ele era demasiado cobarde. Não faria mal nem a uma mosca”.

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