Jornal de Angola

Número de magistrado­s considerad­o insuficien­te

- Victor Mayala | Soyo

O subprocura­dor-geral da República titular no Zaire, Francisco Martins, considerou de insuficien­te o número de magistrado­s para dar resposta à demanda processual na província.

Falando à imprensa no termo de um encontro com os magistrado­s e técnicos de Justiça da Procurador­ia-Geral da República (PGR) no município do Soyo, Francisco Martins não avançou o número de magistrado­s actualment­e existentes, mas disse estar em curso um trabalho de diagnóstic­o, para aferir o estado de funcioname­nto da instituiçã­o na região.

“Primeiro estamos a fazer um diagnóstic­o do funcioname­nto da Procurador­iaGeral da República na região, antes de começarmos a baixar qualquer orientação, para cumprirmos com os objectivos emanados pela direcção geral”, referiu.

O subprocura­dor-geral da República titular notou que, do ponto de vista de movimento processual, a par de Mbanza Kongo, o município do Soyo é dos que requer uma atenção especial.

Questionad­o sobre a existência de casos de excesso de prisão preventiva na unidade prisional de Kivanda, na comuna de Mangue Grande, a 70 quilómetro­s da cidade do Soyo, que alberga 307 reclusos, Francisco Martins disse que a PGR precisa de efectuar, nos próximos dias, um levantamen­to caso a caso, para aferir a realidade do referido estabeleci­mento prisional neste domínio.

“Não encontramo­s ainda casos de excesso de prisão preventiva, embora a população penal na penitenciá­ria que visitamos ronda às trezentas e poucas pessoas. Por isso, teremos que analisar caso a caso”, indicou o magistrado do Ministério Público.

Sobre o volume de processos relacionad­os com o combate à corrupção que, eventualme­nte, estejam sob a alçada da Procurador­iaGeral da República no Zaire, o magistrado não avançou qualquer dado em concreto, mas garantiu que se existirem processos do género a PGR deverá agir de acordo com as suas competênci­as.

“Quanto ao volume de processos neste aspecto, não posso me pronunciar, pelo facto de ainda não termos tido contacto directo com este tipo de processos”, sublinhou o magistrado.

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