Filho de Bolsonaro acusado de chefiar grupo criminoso
O senador Flávio Bolsonaro (sem partido), filho do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi considerado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como chefe de uma organização criminosa que desviava dinheiro público. No documento da investigação, o MP detalha o suposto esquema de corrupção que envolve o filho de Bolsonaro, quando era deputado estadual do Rio de Janeiro.
O MP diz que o filho do Presidente “lavava” o dinheiro recebido com imóveis e uma loja de chocolates na capital fluminense. Segundo o Ministério Público, “as provas permitem vislumbrar que existiu uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, entre 2007 e 2018, destinada à prática de desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro”.
Os procuradores dizem que o ex-assessor do senador, Fabrício Queiroz, “arrecadou grande parte da remuneração de funcionários fantasmas do então deputado estadual
Flávio Bolsonaro”. Queiroz recebeu 483 depósitos na conta bancária, totalizando mais de 2 milhões de reais.
Num vídeo, nas redes sociais, Flávio negou ter cometido os crimes que estão sob investigação pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O primeiro filho do Presidente Bolsonaro afirmou que as acusações são “atrocidades” e questionou a actuação do juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso.
“Esse juiz, no meu ponto de vista, é incompetente para analisar o meu caso”, afirmou o senador. “É importante um pequeno detalhe. Sabe onde a filha desse juiz trabalha, a Natália Nicolau? Trabalha com o governador Wilson Witzel. Está lá até hoje.
O Ministério Público pode investigar. Eu ouço falar que ela não aparece muito por lá era bom que a Justiça investigasse se não tem um funcionário fantasma dentro do Gabinete do governador do Rio de Janeiro que é filha desse juiz”.