País conta com 61 mil terapeutas tradicionais
A Câmara Profissional dos Terapeutas de Medicina Tradicional, Natural, Alternativa e não Convencional em Angola (CATEMETA) controla, actualmente, 61 mil praticantes. Quem o diz é o presidente da CATEMETA, Kitoko Mbiavangua, acrescentando que, em termos de medicina tradicional, as parteiras estão em maior número, com 33 mil, sendo cinco mil na capital do país, Luanda.
Estes pronunciamentos foram feitos no Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), no colóquio dos terapeutas tradicionais, que decorreu de 18 a 19 deste mês, sob o tema “Importância das plantas medicinais no tratamento de doenças, com validação científica é certo”.
Segundo Kitoko Mbiavangua, a medicina tradicional hoje já é bem aceite em todo o território nacional, mas precisa-se trabalhar mais para que sirva de alternativa para o povo angolano e não só.
Kitoko Mbiavangua defende o reforço da investigação científica,
Cuanza-Norte, solicitando, por outro lado, a participação dos terapeutas tradicionais na plantação de plantas e no seu tratamento.
“Com o surgimento da pandemia da Covid-19, os terapeutas angolanos estão de braços cruzados, por não terem a câmara legalizada, onde estariam a trabalhar sem restrições, como o caso de Madagáscar, que tem a sua medicina tradicional aprovada pelo Governo”, referiu Kitoko Mbiavangua.
Por seu turno, o directorgeral do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC), Adérito da Paz, garantiu que a instituição tem previsto estudos das principais plantas medicinais, para fomentar a medicina tradicional. porque, sublinha, “sem as pesquisas nada estaremos a fazer”. A CATEMETA, ainda de acordo com Kitoko Mbiavangua, tem vários projectos para serem implementados numa das províncias, com destaque para Malanje, Cuanza-Sul e/ou Uíge, onde poderá ser criado um jardim botânico. O presidente da CATEMETA agradeceu o bom aproveitamento do projecto Kilombo, na província do