Insensíveis e egoístas
coronavírus acentuou deficiências que o país continua a ter, mas, igualmente, a capacidade de reagir atempadamente, com iniciativas que evitaram males maiores manchadas por quem sobrepõe interesses privados aos nacionais.
Os que desrespeitam as directrizes governamentais destinadas a evitar o alastramento da doença, que continua a ceifar vidas em todo o mundo, têm de ser exemplarmente punidos consoante a gravidade da infracção, bem como aqueles que lhes facilitam os ardis, entre os quais se contam quem devia evitálos. Violar cercas sanitárias, por exemplo, é desrespeitar regras impostas na tentativa de encurtar o campo de acção do inimigo, além de impedir o desenvolvimento da economia. Trata-se de acto egoísta, a exigir combate sem tréguas por ser, no mínimo, duplamente criminoso. Condenar a insensibilidade destes indivíduos a penas suspensas ou substituídas por dinheiro é, em muitos casos, fazê-los riremse da maioria de nós e, de certo modo, encorajá-los a prosseguirem a actividade.
As condenações desta gente têm de ser exemplares e se a lei o não permite, substituam-na, para poder ser exemplar. O tempo que vivemos é de acção, não de falinhas mansas. E se jamais pode ser de excessos, prepotências dos “mais papistas do que o Papa”, não tem de ser de condescendências.
Empecilhos ao nosso desenvolvimento como país soberano já temos que cheguem. Não se permita o surgimento de mais. Salvaguardemos a nossa maior riqueza, a vida humana. Em nome do presente, mas, acima de tudo e de todos, do amanhã.