CEAST, cautelosa, apresenta normas para o novo contexto
Para garantir o regresso em segurança dos fiéis aos cultos religiosos, marcado para amanhã, 24 de Junho, os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) apresentaram ontem, em Luanda, um caderno de Normas de Culto Público Católico no Contexto da Covid-19.
Durante a abertura da conferência de imprensa, o arcebispo do Lubango, D. Gabriel Mbilingi, explicou que a retoma das missas está condicionada ao evoluir da situação epidemiológica em todo o território nacional.
"As coisas vão acontecer se as autoridades sanitárias chegarem à conclusão que o evoluir da epidemia permite a retoma das missas com a presença física dos fiéis nas comunidades", disse o prelado.
De acordo com o arcebispo católico, numa primeira fase estão autorizados apenas os adultos a frequentar os cultos religiosos, evitando qualquer exposição de menores de idade. "As dioceses estão orientadas a criar todas as condições de biossegurança para garantir o regresso dos fiéis aos cultos", realçou.
O bispo da Diocese de Viana, D. Emílio Sumbelelo, a quem coube a missão de apresentar as "Normas de Culto Público Católico no
Contexto da Covid-19", disse que o documento, entre outras medidas, orienta a criação de equipas de saúde e protocolo local, que deverão ser formadas e informadas sobre as medidas de segurança a observar durante os cultos, bem como os cuidados a observar em relação à sinalização dos assentos livres e a ocupar, tendo em conta o distanciamento recomendado pelas autoridades sanitárias.
Quanto às filas para a comunhão, que passa a ser entregue na mão dos fiéis, bem como o ofertório, os bispos da CEAST orientam que as comunidades façam marcações no pavimento e se observe o devido distanciamento. Em relação à utilização dos arfais litúrgicos e vasos sagrados, a Igreja orienta as sacristias e as religiosas a criarem as necessárias condições de segurança. Aos acólitos que passarem a intervir durante as cerimónias religiosas, a Igreja orienta o uso obrigatório de luvas e desinfecção regular das mãos.
Em relação às cerimónias de baptismo, primeira comunhão e outros sacramentos, a Igreja estabelece o número semanal ou diário for elevado, deverão ser administrados de forma faseada nas semanas seguintes. Já os noivos e as exéquias (óbitos) deverão seguir, escrupulosamente, as normas de segurança em vigor. À entrada dos templos recomenda-se a colocação de um pano embebido com lixívia em líquido e outro para secar os pés. Os bispos orientam, ainda, a desinfecção das superfícies utilizadas depois da sua utilização. Os ministros extraordinários da comunhão em idade de risco estão desaconselhados a levar a comunhão aos doentes, devendo, para o efeito, solicitar os de menos idade e fora de risco. O reinício da catequese fica ao critério dos bispos, orientando a máxima observância das normas de biossegurança e distanciamento.
Os documentos, que contêm as normas de culto público católico, serão enviados a toda a jurisdição da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), mediante assinatura do termo de responsabilidade.
Além dos dois bispos, presidiu à cerimónia D. Filomeno Vieira Dias, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). e lojas de conveniência. Apenas o preço da lixívia estabilizou-se, havendo quem venda um recipiente de 5 litros por 850 kwanzas.
Os pulverizadores custam um mínimo de 30 mil kwanzas, embora haja quem fale em negócios de corredores com custos entre sete e 14 mil kwanzas. Com tudo isso, as ofertas de serviços pelas empresas de desinfecção também crescem e são ainda mais caras. Os fatos são vendidos por preços especulativos, à semelhança do que ocorre com os demais integrantes do kit de biossegurança.