Estátua de Roosevelt é retirada de museu
Americano de História Natural vai retirar, em breve, uma estátua de Theodore Roosevelt, 26º. Presidente dos Estados Unidos, após anos de acusações de que glorifica o colonialismo e a discriminação racial, anunciou o autarca de Nova Iorque.
A estátua de bronze, que se encontra numa das entradas do museu desde 1940, retrata Roosevelt a cavalo, com um nativo americano e um africano ao lado.
“O Museu Americano de História Natural pediu para remover a estátua de Theodore Roosevelt, porque retrata explicitamente os negros e indígenas como subjugados e racialmente inferiores”, disse o presidente da Câmara , Bill de Blasio em comunicado. “É a decisão certa e o momento certo para remover esta problemática estátua”, concluiu.
A responsável do museu, Ellen Futter, explicou ao jornal "The New York Times" que o público da instituição “ficou profundamente comovido com o crescente movimento pela Justiça racial que surgiu após o homicídio de George Floyd”, o afro-americano que morreu às mãos da Polícia.
“Temos assistido à atenção do mundo e o país tem-se voltado cada vez mais para estátuas como símbolos poderosos e dolorosos do racismo sistémico“, disse Futter àquele jornal, sem precisar quando a estátua vai ser retirada.
Futter disse que as objecções do museu se limitam à estátua, e não à figura de Roosevelt, um conservador museológico pioneiro cujo pai foi membro fundador da instituição e que serviu como governador de Nova Iorque antes de se tornar no 26.º Presidente dos Estados Unidos, de 1901 a 1909.
O museu vai dar o nome do antigo Presidente ao Salão da Biodiversidade, “em reconhecimento do seu legado”, acrescentou Futter.
Theodore Roosevelt IV, bisneto do antigo Presidente, apoia a decisão, defendendo que “a composição da estátua equestre não reflecte o seu legado”. “É tempo de remover a estátua e seguir em frente”, disse ao "The New York Times".
A estátua foi alvo de vandalismo em 2017, quando manifestantes derramaram líquido vermelho no pedestal, simbolizando sangue, e apelaram à sua remoção, considerando que se tratava de um símbolo “do patriarcado, da supremacia branca e do colonialismo dos primeiros colonos”.
Os protestos anti-racistas após o homicídio de George Floyd deram origem à vandalização e remoção de várias estátuas de figuras controversas.