Contadores “pré-pago” para água
Segundo o presidente do Conselho de Administração, Fernando Cunha, está a ser elaborado um estudo de um sistema “sofisticado” que possa fazer a leitura da água consumida cuja conclusão está para breve
A Empresa Pública de Águas (EPAL) prepara a instalação de contadores pré-pagos para melhorar o fornecimento de água à cidade de Luanda. Segundo o presidente do Conselho de Administração da EPAL, Fernando Cunha, está a ser elaborado um estudo de um sistema “sofisticado” que possa fazer a leitura da água consumida pelos clientes.
A Empresa Pública de Águas (EPAL) está a desenvolver um trabalho “árduo”, para a instalação de contadores prépagos, com vista a melhorar o fornecimento de água na cidade capital.
Segundo o presidente do Conselho de Administração, Fernando Cunha, está a ser elaborado um estudo de um sistema “sofisticado”, que possa fazer a leitura da água consumida pelos clientes. A sua conclusão deverá ocorrer muito brevemente.
Apesar de reconhecer que a empresa está atrasada neste quesito, o PCA revelou que o trabalhado aturado vai trazer vários benefícios, sendo um deles o facto dos contadores poderem fazer a diferenciação da água e o ar que possam pelo sistema.
“Teremos um sistema mais sofisticado, que mesmo com a entrada de ar fará a definição entre a água e o ar. Há fezes que a pessoa (cliente) recebe um metro cúbico de água, mais nove metros cúbicos (m3) de ar, por causa das interrupções do sistema, sendo que com isso a factura poderá indicar 10 metros cúbicos, quando de facto não é este o consumo”, explica, depois de sublinhar que quase 75 por cento dos clientes da empresa, são cobradas de forma coerciva.
Produção
Quanto ao défice na produção, o gestor indica que a EPAL está, actualmente, com menos de um milhão de m3 para abastecer a província de Luanda.
“O que abastecemos hoje, é um terço que a empresa precisa”, apontou.
Defende que os investimentos para aumentar a capacidade dos sistemas de abastecimento de água para Luanda, devem ter um ciclo de 10 anos, que corresponde ao período de saturação, dada a densidade populacional.
“Não houve grandes investimentos nestes anos, sendo que o último sistema de raiz foi o Luanda Sudeste, feito em 2003. Foram feitos alguns investimentos em sistemas paliativos, para poder atender algumas zonas periféricas, como é do Zango”, apontou.
Assegurou que estão em curso vários projectos que visam aumentar a capacidade, com realce para o que está para nascer na zona Norte da cidade de Luanda.
A implementação do projecto, irá aumentar a capacidade para 90 milhões de litros, cuja entrada em funcionamento está agora aprazada para o próximo ano, quando a meta era para este, sendo que o atraso se deve à pandemia da Covid-19, associada a situação financeira que o país está a atravessar.
Quanto à zona Sul, está a ser implementado o reforço de um projecto bem como a construção de um canal de revestimento que dará um grande impulso no abastecimento de água à Luanda.
Dos nove municípios que comportam a província, o que está melhor servido em termos de abastecimento é o de Luanda, sendo que o de Belas está na cauda.
Abastecimento à Gabela
Os problemas de abastecimento de água na cidade da Gabela (Cuanza Sul) poderão estar solucionados, tão logo sejam ultrapassadas as dificuldades financeiras.
Segundo o secretário de Estado para Águas, Lucrécio Costa, que visitou recentemente, a província, há um engajamento grande do sector para a alteração do actual quadro, tendo referido que o projecto de melhoria do abastecimento de água à Gabela, voltará a ter “pernas para andar”, com a construção de um novo sistema com dimensões semelhantes à da cidade do Sumbe, cujo custo não será inferior a 150 milhões de dólares.