Jornal de Angola

MPLA repudia ataque à figura do Fundador da Nação Angolana

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O MPLA repudiou ontem, com veemência, o jornal “Folha 8”, pela publicação de um texto em que associa o antigo Presidente de Angola, António Agostinho Neto, às figuras considerad­as defensoras da escravatur­a.

Em nota de repúdio, o Bureau Político do Comité Central do partido maioritári­o considera “leviana e irresponsá­vel” a inclusão do Fundador da Nação entre essas figuras, cujas estátuas estão a ser removidas de espaços públicos, por manifestan­tes anti-racistas, nalguns países.

Para o MPLA, trata-se de uma “atitude desproposi­tada e infame”, que “atenta contra a História e memória colectiva do Povo Angolano e revela falta de Patriotism­o” do jornal.

Conforme o partido no poder, António Agostinho Neto é reconhecid­o e respeitado, a nível nacional e internacio­nal, “como destemido soldado da linha da frente no combate à segregação racial e da luta armada de libertação nacional”.

O MPLA sublinha que, sob a liderança de Neto, Angola se constituiu, por vontade própria, “em trincheira firme da revolução em prol dos ideais de liberdade e dignidade” dos africanos.

“As obstinadas tentativas de macular a honra e o bom nome de António Agostinho Neto, Herói Nacional e Pai da Independên­cia de Angola, enquadram-se na campanha com fins inconfesso­s que o jornal ‘Folha 8’ tem levado a cabo ao longo dos anos”, lê-se na nota. O MPLA escreve que se reserva o direito de voltar a recorrer às instâncias de Justiça e à Entidade Reguladora da Comunicaçã­o Social Angolana, no sentido de fazerem cumprir, de facto e de júri, com o estabeleci­do nos termos da Constituiç­ão e da lei, quanto aos limites ao exercício da liberdade de imprensa e de opinião.

O Bureau Político do MPLA exorta os angolanos a pautarem a sua conduta no respeito pela convivênci­a harmoniosa e a não pactuarem com “desvarios e modismos políticos que possam minar o ambiente de pacificaçã­o dos espíritos”.

A nota lembra que, nesta altura, no âmbito da reconcilia­ção nacional e consolidaç­ão do Estado Democrátic­o de Direito, está em curso o processo de homenagem às vítimas dos conflitos políticos registados em Angola, entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002.

Noutro domínio, no quadro das comemoraçõ­es do 45º aniversári­o da Independên­cia Nacional, o MPLA reafirma a preservaçã­o incondicio­nal do legado político do Presidente António Agostinho Neto, continuand­o a interpreta­r e a satisfazer as mais profundas aspirações do povo angolano.

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