Angola e EUA analisam impactos da Covid-19
O representante permanente de Angola junto da União Africana e a embaixadora dos EUA naquele organismo continental analisaram, segunda-feira, a evolução da pandemia da Covid-19 no mundo, e, em especial, em África.
Francisco da Cruz e Jessica Lapenn abordaram os esforços da União Africana para a contenção da pandemia, sob coordenação do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de África (África CDC), tendentes a mobilizar assistência internacional para apoiar os Estados-membros na luta contra a Covid-19.
No encontro virtual, em que participaram igualmente o adido de Defesa de Angola, Carlos dos Santos, e o conselheiro Militar da Embaixada dos EUA junto da União Africana, Kack Kruse, foi também analisada a situação da paz e segurança em África.
As partes manifestaram preocupação ao concordarem que os problemas sociais e económicos da pandemia da Covid-19 estão a favorecer o incremento do terrorismo em várias partes do continente, pondo em causa o objectivo da União Africana de silenciar as armas em África.
Saliente-se que, sob proposta do Presidente de Angola, João Lourenço, a Cimeira da União Africana, realizada em Fevereiro, decidiu organizar uma cimeira extraordinária dedicada aos desafios do terrorismo e do extremismo violento, com vista a tomar urgentemente as medidas necessárias para apoiar os países que enfrentam os graves efeitos do terrorismo.
Na ocasião, o certame solicitou à Comissão da União Africana que, em coordenação com o presidente em exercício da União Africana, proceda às consultas necessárias para a realização da aludida assembleia extraordinária, em Addis Abeba, Etiópia, ou noutro Estado-membro.”
Francisco da Cruz, igualmente embaixador de Angola na Etiópia, e a diplomata norte-americana falaram também de questões de interesse bilateral, trocaram impressões sobre o processo de reforma institucional da União Africana e acerca das eleições da nova Comissão da UA, previstas para Fevereiro de 2021.
Solicitada pela embaixadora norte-americana, esta reunião, surge na sequência de outra realizada em Novembro do ano transacto, na qual o representante permanente de Angola junto da União Africana assegurara que o Executivo angolano sempre privilegiou a questão da paz e segurança em África.
Angola presidiu, de forma rotativa, ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana, em Dezembro de 2019, cujo mandato de dois anos neste órgão encerrou em Março do presente ano.