Ministra diz que concurso público na Saúde foi transparente
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, assegurou, segundafeira, em Luanda, que o concurso público realizado no sector, para o preenchimento de sete mil vagas, foi transparente.
Em conferência de imprensa destinada à actualização de dados da pandemia da Covid19, Sílvia Lutucuta disse que os candidatos apurados demonstraram excelência e competência para prestar um serviço de qualidade.
Sublinhou que, por esta razão, os médicos não têm razão para se manifestarem.
O Sindicato dos Médicos levantou suspeitas sobre o concurso público, alegando falta de lisura no processo, mas a ministra garante que todos os que aprovaram foram admitidos com base num exame “e a avaliação foi igual para todos”. Sublinhou que muitos médicos não demonstraram capacidade nem condição para serem admitidos, tendo em conta que grande parte teve notas muito baixas, como três valores, e alguns, valores acima de 18.
De acordo com a ministra da Saúde, no concurso público de ingresso estavam disponíveis 1.240 vagas para médicos, 200 das quais para médicos especialistas. “Destas vagas, 120 foram preenchidas, logo, não vemos motivos para os médicos se manifestarem, porque só entrou quem de facto teve nota positiva, os que tiveram negativa não vão mesmo entrar”, realçou. “Acredito nos bons médicos que temos, eles reconhecem a situação actual em que vivemos, sabem bem das complicações drásticas da Covid-19, por isso, estão nos seus postos de trabalho a desempenhar devidamente os seus papéis e temos a certeza de que não irão aderir a esta manifestação que é ilegal e falta de patriotismo, porque durante a Situação de Calamidade estão proibidas as manifestações”.
Voos humanitários
Questionada sobre a regularidade dos voos humanitários, a ministra da Saúde explicou que vão continuar a ser feitos, sublinhando que em breve chegarão ao país cidadãos angolanos retidos na África do Sul e Turquia. “Depois veremos como vamos gerir os outros cidadãos que estão noutros países, mas tudo tem de ser feito por etapas, porque todos estes ao chegarem em Angola devem ficar em quarentena institucional para se evitar a propagação da pandemia”, sublinhou.
Informou que não se pode fazer voos humanitários todos os dias, porque não há espaço para se colocar todos em quarentena institucional. “Por isso, começou-se com grupos pequenos, população de risco e à medida que os espaços vão sendo liberados vai se pegar os grupos grandes, mas também não se deve esquecer que Angola está sob cerca sanitária, então as coisas devem ser feitas com calma”, referiu.