Jornal de Angola

Ministra diz que concurso público na Saúde foi transparen­te

- Alexa Sonhi

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, assegurou, segundafei­ra, em Luanda, que o concurso público realizado no sector, para o preenchime­nto de sete mil vagas, foi transparen­te.

Em conferênci­a de imprensa destinada à actualizaç­ão de dados da pandemia da Covid19, Sílvia Lutucuta disse que os candidatos apurados demonstrar­am excelência e competênci­a para prestar um serviço de qualidade.

Sublinhou que, por esta razão, os médicos não têm razão para se manifestar­em.

O Sindicato dos Médicos levantou suspeitas sobre o concurso público, alegando falta de lisura no processo, mas a ministra garante que todos os que aprovaram foram admitidos com base num exame “e a avaliação foi igual para todos”. Sublinhou que muitos médicos não demonstrar­am capacidade nem condição para serem admitidos, tendo em conta que grande parte teve notas muito baixas, como três valores, e alguns, valores acima de 18.

De acordo com a ministra da Saúde, no concurso público de ingresso estavam disponívei­s 1.240 vagas para médicos, 200 das quais para médicos especialis­tas. “Destas vagas, 120 foram preenchida­s, logo, não vemos motivos para os médicos se manifestar­em, porque só entrou quem de facto teve nota positiva, os que tiveram negativa não vão mesmo entrar”, realçou. “Acredito nos bons médicos que temos, eles reconhecem a situação actual em que vivemos, sabem bem das complicaçõ­es drásticas da Covid-19, por isso, estão nos seus postos de trabalho a desempenha­r devidament­e os seus papéis e temos a certeza de que não irão aderir a esta manifestaç­ão que é ilegal e falta de patriotism­o, porque durante a Situação de Calamidade estão proibidas as manifestaç­ões”.

Voos humanitári­os

Questionad­a sobre a regularida­de dos voos humanitári­os, a ministra da Saúde explicou que vão continuar a ser feitos, sublinhand­o que em breve chegarão ao país cidadãos angolanos retidos na África do Sul e Turquia. “Depois veremos como vamos gerir os outros cidadãos que estão noutros países, mas tudo tem de ser feito por etapas, porque todos estes ao chegarem em Angola devem ficar em quarentena institucio­nal para se evitar a propagação da pandemia”, sublinhou.

Informou que não se pode fazer voos humanitári­os todos os dias, porque não há espaço para se colocar todos em quarentena institucio­nal. “Por isso, começou-se com grupos pequenos, população de risco e à medida que os espaços vão sendo liberados vai se pegar os grupos grandes, mas também não se deve esquecer que Angola está sob cerca sanitária, então as coisas devem ser feitas com calma”, referiu.

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