PPP são apontadas entre as alternativas
A actual falta de recursos financeiros do Estado angolano, para dar resposta aos variados desafios socioeconómicos, deve ser contornada pela adopção estratégica das Parcerias Público-Privadas.
Esta posição, defendida pelo advogado português Luís Marques Mendes, numa recente videoconferência promovida há dias pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), visa permitir que o país encare a actual situação económica e perspective uma saída da crise, que perdura há alguns anos.
No evento, o presidente da Comissão Executiva do BAI, Luís Lélis, manifestou optimismo, destacando que este é o momento de pensar fora da caixa e apontou, por exemplo, o facto de muitos produtos que constituem a dieta dos angolanos serem já de produção nacional.
Para Luís Lelis, é necessário fortalecer as cadeias de valor e evitar a duplicação de investimentos, investir na partilha de infra-estruturas e garantir o equilíbrio entre a procura e a oferta, factores que podem estimular o consumo local.
O Webinar teve ainda como oradores os economistas Alves da Rocha e Carlos Rosado de Carvalho, além dos empresários Paulo Pinto de Andrade e Moniz Silva.
Os oradores foram unânimes ao concordar que, apesar do carácter global da pandemia, Angola enfrenta desafios maiores devido à ausência, por um lado, de mecanismos de protecção social suficientemente robustos para impedir o encerramento de empresas, o consequente aumento do desemprego e a diminuição do consumo.
A solução, apontaram, está na aceleração e integração das redes de comunicação, indústria e as redes de distribuição, bem como no aumento do acesso ao crédito para o sector empresarial.
O webinar reflectiu sobre os desafios e oportunidades para a economia angolana decorrentes da pandemia da Covid-19, fenómeno que agrava a pressão social que o país atravessa nos últimos três anos de recessão económica profunda.